Há um bom tempo o Google alerta sobre a importância das buscas “perto de mim” na relação entre marcas e o público. Em 2022, as pesquisas on-line do consumidor ainda ganharam novos contornos, com informações relacionadas à avaliação e à lotação dos estabelecimentos próximos do indivíduo.

Ora, isso está diretamente relacionado ao marketing de geolocalização ou geomarketing. Você sabe o que é esse conceito?

A estratégia de marketing baseada na localização do consumidor possibilita a criação de campanhas super-segmentadas e otimizadas, com diferentes aplicações. A seguir, vamos explicar melhor esse conceito para mostrar todo o potencial desse recurso. Boa leitura!

O que é marketing de geolocalização ou geomarketing?

O marketing de geolocalização é uma estratégia para a divulgação da marca com base na localização geográfica dos consumidores. Por isso, o conceito é chamado também pelos nomes geomarketing, marketing geográfico ou, simplesmente, marketing de localização.

Geolocalização, nesse caso, significa o processo ou a técnica de identificar geograficamente a localização de uma pessoa ou um dispositivo por meio de informações digitais processadas pela internet, segundo a definição do dicionário Oxford.

O significado de geomarketing então dá a entender que a localização do público-alvo tem um papel fundamental na segmentação das campanhas. E hoje em dia é muito fácil saber exatamente onde o consumidor encontra-se; basta notar que quase todos os jovens e adultos andam com um GPS no bolso: o smartphone. 

A localização do público sempre foi importante para as estratégias de marketing. Mas, antes que a tecnologia evoluísse ao ponto atual, sabia-se o tipo de ambiente que o consumidor estava — em casa, no trabalho, no trajeto e assim por diante. Isso já fornecia importantes insights para as campanhas.

O que o marketing de geolocalização procura saber, e pode fazer isso graças à internet, é um lugar exato no mapa. Essa revolução abriu muitas oportunidades para a comunicação das marcas, que passaram a contar com um poderoso recurso para a segmentação e otimização da publicidade.

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O marketing de localização permite direcionar campanhas com muita precisão. (Foto via Freepik)

Como funciona o marketing de geolocalização?

Conforme vimos acima, o significado de marketing de geolocalização pressupõe a necessidade de um processo ou uma técnica para identificar a localização de um dispositivo e, consequentemente, do consumidor.

Tal identificação pode ser feita de diferentes formas, como mostram os principais tipos de geolocalização: geotargeting, geofencing e beacons. Vamos ver como funciona cada um deles.

Geotargeting

Faça um teste: abra o site de alguma marca internacional e perceba como, muito provavelmente, o portal mostrará de forma automática uma versão em português ou apresentará os valores em reais. Isso é um exemplo de geotargeting, ou direcionamento geográfico.

Este tipo de marketing de geolocalização identifica o local do dispositivo a partir do endereço de IP. Ele permite customizar a experiência do usuário, mostrando conteúdos, ofertas e produtos específicos para aquela cidade, estado ou país.

No caso de uma rede de varejo com abrangência estadual ou nacional, a marca pode promover um cupom de desconto ou mudar o mix de produto em destaque de acordo com a cidade do consumidor. Tal possibilidade dá maior controle sobre as estratégias de marketing e de vendas para cada mercado onde a marca está.

Porém, o geotargeting não é muito preciso. O endereço de IP aponta a cidade, mas talvez sua estratégia de geomarketing exija uma precisão por bairros. Para isso existe o geofencing.

Geofencing

Se você deseja delimitar uma área mais específica para impactar o consumidor, o geofencing é uma melhor escolha. O nome significa literalmente criar uma cerca geográfica, capaz de segmentar o público até por ruas.

Diferentemente do geotargeting, que usa o endereço de IP, o geofencing identifica a localização da pessoa pelas coordenadas do GPS. Isso é bastante útil para falar com os consumidores que estejam mais perto da sua loja.

Por exemplo, imagine que você tem uma rede de cafeterias e ofereça um aplicativo para interação com o público. Então, quando um cliente que não compra há algum tempo é identificado perto de uma unidade da rede, ele pode receber um cupom de desconto para utilizar em breve. Essa seria uma boa forma de atrair ou reengajar consumidores próximos dos pontos de venda.

Outra possibilidade é fazer um geofencing para alcançar determinado perfil de comprador, mesmo que não esteja imediatamente perto.

Digamos que um restaurante tenha recém-ampliado sua área de entrega. A partir do geofencing, é possível criar anúncios para os indivíduos dessa região, com base também em outras características sociodemográficas.

Mas aqui vale uma ressalva. Sempre que o consumidor cadastrar-se de algum modo e a marca desejar fazer geomarketing, é preciso deixar essa intenção clara na política de uso de dados, em acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados. 

Beacons

Os beacons permitem criar um perímetro ainda menor e mais exato. Se no geofencing estávamos falando de cercar uma rua, estes dispositivos podem segmentar a comunicação entre departamentos de uma loja.

Por exemplo, dentro de um shopping center existem dezenas de lojas. Mas se determinada pessoa estiver próxima da loja X, ele pode receber automaticamente algum incentivo para entrar. Mesmo no ponto de venda os beacons podem ser utilizados para melhorar a experiência do consumidor, apresentando conteúdos extras e dando sugestões customizadas de produtos.

A desvantagem dos beacons é que eles funcionam por meio de Bluetooth. Isso significa que só detectam a localização de quem tiver esse recurso ativado no celular.

Então, gostou de saber o que é marketing de geolocalização e como ele pode ser usado pelas marcas? Aproveite para descobrir agora como aumentar a busca por produtos em até 400%.