Growth hacking é um termo cunhado por Sean Ellis, empreendedor, investidor e consultor, que significa “marketing orientado a experimentos”. É mais uma postura que uma função específica dentro da empresa e profissionais de marketing podem desenvolvê-la a qualquer momento.
Quem trabalha com growth hacking é chamado de growth hacker e usa “meios analíticos, de baixo custo, criativos e inovadores para fazer crescer exponencialmente a base de clientes”, como define Neil Patel. Isso porque “growth” quer dizer “crescimento”, enquanto “hacking” pode ser traduzido como “encontrar brechas e espaços”.
Um growth hacker, portanto, é o profissional dedicado a encontrar brechas de crescimento rápido para um negócio. Mas você sabe quais são as habilidades necessárias para isso? Confira a seguir.
Perfil do growth hacker
Tornar-se growth hacker depende de algumas características pessoais e habilidades técnicas específicas. Com relação ao perfil pessoal, podemos definir como alguns pontos essenciais: curiosidade, interesse por assuntos diversos, pensamento analítico, organização, trabalho em equipe e boa comunicação.
Curiosidade
Quem se mantém parado e contenta-se com mais do mesmo não conseguirá encontrar as brechas do growth hacking. É preciso ter certa inquietação para testar possibilidades, ir atrás de novas formas de divulgação e de fazer negócios. Essa pessoa deve se portar como empreendedora. Para isso, curiosidade deve fazer parte do perfil de growth hackers.
Interesse por assuntos diversos
Sean Ellis, Neil Patel e outros especialistas em marketing digital salientam que o growth marketing é mais uma postura que um cargo próprio. Pessoas envolvidas em diferentes atividades, como designers, programadores, analistas de dados, redatores, entre outras, podem tornar-se growth hackers. O importante é que estejam abertas a ir além da própria área e estudar conhecimentos complementares.
Pensamento analítico
Lembrando a definição de Ellis de growth hacking ser um marketing voltado a experimentos, é preciso ter gosto por números e capacidade de analisar resultados. Não é necessário ter um nível de expertise de um analista de dados, por exemplo, mas saber como executar testes A/B e usar dados a seu favor é indispensável.
Organização
Growth hackers trabalham em muitas frentes. Lidam com desenvolvimento de produtos, com comunicação, com posicionamento de marca, com conversões e muito mais, além de atuar em distintos canais. Sem organização, capacidade de conduzir múltiplas tarefas, agilidade e gestão de prazos não há como desempenhar bem os projetos de que a empresa necessita.
Trabalho em equipe
Um growth hacker não trabalha sozinho, até porque dificilmente dominará todos os conhecimentos técnicos que listaremos adiante. Delegar tarefas, ter espírito de liderança e motivação, e gerenciar equipes também estão entre as características do perfil desejado.
Boa comunicação
Ao lidar com gestores, com outros profissionais e com o consumidor, ter uma boa comunicação é outra habilidade essencial de growth hacker. Isso vai desde criar textos eficientes para vendas até explicar atividades e demonstrar seus resultados dentro da empresa.
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Habilidades técnicas: o T-Shaped Marketer
A partir desse perfil, um growth hacker precisa desenvolver habilidades técnicas em diferentes níveis de profundidade. Esses conhecimentos são listados em um modelo chamado de T-Shaped Marketer (algo como: marqueteiro em formato de T), ou ainda full stack marketer.
Esse conceito fica mais fácil de entender quando ilustrado:
Esse leque de habilidades essenciais de growth hacking varia conforme a referência. Por exemplo, o da Growth Tribe é ligeiramente diferente, mas a maioria das competências são as mesmas.
Na primeira linha estão os conhecimentos de base, mais gerais. Abaixo dela estão conhecimentos mais específicos de marketing e, por fim, com maior profundidade requerida, a lista de expertises está na terceira e última linha. Growth hackers devem ter pelo menos duas especialidades, que podem variar conforme a função que ocupem na empresa.
Neste exemplo da Buffer, marketing de conteúdo e SEO aparecem como especialidades mais aprofundadas. Vejamos, então, essa lista completa.
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Nível 1 de conhecimento
Estes são conhecimentos para toda a carreira do profissional:
- Psicologia comportamental
- Storytelling
- Dados e Analytics
- Pesquisa
- Design e experiência do usuário
- Branding e posicionamento da marca
Nível 2 de conhecimento
Estes são conhecimentos para o desenvolvimento prático do trabalho:
- Escrita persuasiva
- Criação de modelos e canvas
- Testes A/B
- Vídeo marketing
- Estatísticas e planilhas
- Funil de marketing
- HTML e CSS (linguagens de programação)
- Experiência do consumidor
Nível 3 de conhecimento
Já estas são habilidades altamente especializadas. Ao menos duas devem ser mais aprofundadas e, no caso da Buffer, são organizadas por canais de aquisição de clientes:
- Desenvolvimento de negócios
- Desenvolvimento de comunidades
- Otimização de conversões
- E-mail marketing
- Marketing de eventos
- Marketing de conteúdo
- Otimização para mecanismos de busca (SEO)
- Multimídia
- Anúncios pagos
- Parcerias
- Assessoria de imprensa
- Redes sociais
- Conteúdo viral
Como aprender essas competências
Quer saber mais sobre como desenvolver essas habilidades técnicas de growth hacking? Aqui no portal Negócios SC temos diversos conteúdos a respeito e indicamos também outras fontes, em inglês:
Além desta, no Brasil:
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