A capital de Santa Catarina tem um lugar de destaque no mercado brasileiro de tecnologia. Não à toa, Florianópolis é chamada de “Ilha do Silício”, em referência ao polo tecnológico nos Estados Unidos onde estão companhias como Facebook e Google. Mas como esse status se reflete na presença digital das empresas na região?
Para avaliar a maturidade e a efetividade dos negócios locais na internet, a IlhadoSilicio.com fez uma pesquisa com profissionais de 224 organizações da capital. A partir dos resultados, temos não só um panorama do marketing on-line em Florianópolis como também um benchmark, ou referência, para desenvolver a presença digital das empresas catarinenses em mercados não tão maduros.
Confira os números em destaque a seguir.
Principais itens avaliados
Mais de 300 profissionais avaliaram o desempenho das suas próprias empresas nos seguintes canais digitais: website, e-mail marketing e redes sociais (Facebook, Instagram, WhatsApp, LinkedIn e Twitter).
De um modo geral, deram uma nota de 0 a 5 a duas questões principais:
- O canal representa adequadamente a empresa? Sendo 0 não ter presença em determinado canal e 5 ele representar muito bem.
- O canal gera oportunidades de negócio? Sendo 0 não gerar qualquer negócio e 5 funcionar bem para geração de negócios.
A partir disso, podemos dizer que em notas 4 e 5 os entrevistados se consideram muito satisfeitos com o desempenho obtido no canal. Por outro lado, notas 0 e 1 representam a ausência de uma estratégia ou sua ineficiência para a empresa.
Leia também: A maturidade digital das empresas no Brasil
Resultado da pesquisa
Como aponta Tiago Otani Rocha, cofundador da IlhadoSilicio.com e um dos responsáveis pela pesquisa, o resultado “dá uma ideia daquilo que outras empresas estão fazendo e como estão se saindo nos diversos canais on-line”. E os números mostram que há diferentes níveis de maturidade conforme o canal trabalhado.
Website
É o canal mais difundido na presença digital das empresas catarinenses. Apenas 4% dos entrevistados afirmam que suas organizações não possuem website.
Tem sido também o segundo mais efetivo para gerar negócios, só atrás do e-mail marketing. No entanto, 30% dos respondentes estão muito insatisfeitos com o funcionamento do site no celular. Isso mostra que a usabilidade em dispositivos móveis ainda é um ponto crítico das estratégias digitais.
E-mail marketing
Os índices mais altos de satisfação encontram-se aqui. Quase metade dos entrevistados (45%) acreditam que sua presença digital neste canal representa adequadamente a empresa, enquanto 51% estão muito satisfeito com a geração de negócios por ele.
Apesar desses bons números, 23% dos profissionais não estão convencidos do potencial do e-mail marketing. Diante do bom rendimento para a maioria, é o caso de procurar adotar boas práticas de planejamento e envio de mensagens nessas outras situações.
Redes sociais
Aqui a insatisfação tem sido maior, como podemos ver pelas notas 0 à pergunta sobre geração de oportunidades de negócio em cada rede. Para Facebook, Instagram e LinkedIn, 18% dos entrevistados disseram que não geram negócios. No WhatsApp e no Twitter, esse número chega a 24%.
Mas também há um brecha de atuação na presença digital das empresas catarinenses. Por exemplo, quase um terço dos entrevistados (32%) afirmou que os negócios sequer tinham perfil no WhatsApp.
Já com relação ao ranking de satisfação — mais notas 5 à pergunta sobre geração de negócios —, a ordem foi a seguinte:
- WhatsApp: 11%
- LinkedIn: 11%
- Facebook: 11%
- Instagram: 9%
- Twitter: 5%
Quando usado corretamente, há uma mudança drástica no desempenho do canal e nos resultados positivos que ele pode trazer à empresa. Ou seja, pode ir do oito ao oitenta, dependendo da aplicação.
Aprenda: Como utilizar o WhatsApp para negócios
Dificuldades na presença digital das empresas catarinenses
Percebe-se que há muitos pontos a melhorar nas estratégias de marketing digital. Mas o que impede as empresas de avançar?
— Para as pequenas empresas, a questão do orçamento sempre aparece como limitante. Existem muitas ferramentas gratuitas ou acessíveis, mas o conhecimento e a gestão exigem profissionais que andam fazendo falta: os bons analistas de marketing digital. Já as grandes costumam se queixar de um problema que as menores também têm, a dificuldade em produzir e publicar conteúdo de qualidade, de forma consistente, em diversos formatos, num ritmo crescente — comenta Tiago Otani Rocha.
Ter esse benchmark da pesquisa é importante para alertar os empreendedores de que é necessário investir em marketing para ter bons resultados. Muitas empresas já estão gerando bons negócios com a presença digital e a luta delas agora é para voar cada vez mais alto nessa área.
— Se precisamos evoluir? Com certeza! É uma área que avança muito rápido, não dá para parar de estudar, de testar. O Brasil tem muito para avançar ainda também, em relação a outros países — complementa Rocha.
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