O consumo de áudio, nos seus variados formatos, foi impulsionado durante a pandemia do novo coronavírus. Entre eles, vale destacar uma oportunidade que tem se tornado cada vez mais interessante para criadores de conteúdo e para as marcas: investir em podcasts é uma forma de conectar-se a um público fiel, com alto poder de compra e bastante digital.
Mas esse crescimento do consumo de áudio é anterior a 2020 e a pandemia apenas reforçou uma tendência que já vinha em andamento. De acordo com a Deezer, o consumo de podcasts no Brasil cresceu 177% entre 2018 e 2019. Já segundo o Spotify, entre 2019 e 2020 esse crescimento foi de 200% na plataforma.
O aumento do engajamento e da audiência traz uma exposição considerável dos conteúdos. Com ela, as marcas anunciantes nesse formato podem ganhar mais visibilidade.
Para saber como investir em podcasts e aproveitar esse movimento, confira a seguir.
O mercado de podcasts no Brasil
De acordo com dados divulgados pela Blubrry Podcasting, o Brasil é o segundo maior mercado mundial em download de podcasts, atrás apenas dos Estados Unidos.
Além do consumo de podcasts, o País também se destaca como produtor. Segundo o relatório “State of the Podcast Universe”, publicado pela empresa Voxnest, o Brasil apresentou o maior crescimento em produção nesse formato, em 2020. O número de podcasts em português cresceu 103% no primeiro semestre do ano passado.
Os interesses do público por esse tipo de conteúdo são bastante variados, então há espaço para a inserção de marcas de diferentes segmentos.
Conforme revelado pela Retrospectiva de 2020 do Spotify, diversos temas acompanharam o crescimento do consumo de podcasts no ano anterior. Por exemplo:
- saúde: teve aumento de 201% em ouvintes únicos;
- notícias e política: aumento de 140% em ouvintes únicos;
- educação: aumento de 81% em ouvintes únicos.
Entre os podcasts mais ouvidos no Brasil, também no Spotify, vê-se tal diversidade. No top 5, temos atrações como Horóscopo Hoje, Café da Manhã (notícias), Primocast (finanças), NerdCast (assuntos variados) e Flow Podcast (conversas).
Se há mercado e oportunidades para marcas, o interesse em investir em podcasts naturalmente tem crescido. Ainda de acordo com o Spotify, a receita de publicidade com esse formato de áudio dobra ano a ano.
Leia também: O consumo de podcasts na pandemia e outras novidades
3 formas de investir em podcasts
Então, como uma marca pode começar de fato a investir em podcasts?
Existem três caminhos possíveis nesse sentido: patrocínio e anúncios, produção própria ou conteúdo patrocinado. Vejamos como funciona cada uma dessas opções.
Patrocínio e anúncios
Esta tem sido a porta de entrada de muitas marcas ao mundo dos podcasts. Por ser um formato de publicidade comum aos anunciantes, costuma ser mais fácil começar por aí.
Basicamente, a marca poderá entrar como menção ou chamada no início, no decorrer ou ao fim dos episódios. Também poderá associar sua imagem às redes sociais, site e demais pontos de contato do podcast com o público.
É preciso ressaltar que patrocinar ou fazer anúncios em podcasts têm efeito no longo prazo. Uma única veiculação não será efetiva para fortalecer a marca. Isso porque o podcast é construído por meio de uma relação entre o criador de conteúdo e a audiência dele, portanto quanto mais tempo a marca se fizer presente nesse conteúdo, melhor poderá associar sua imagem à produção.
Produção própria
Algumas marcas querem ter um posicionamento de marca ainda mais incisivo e conquistar uma audiência própria. Nesse caso, outra possibilidade de investir em podcasts está na criação de conteúdo proprietário. Arezzo&Co., Renner, Pão de Açúcar e Heineken são alguns exemplos de marcas que decidiram seguir por esse caminho.
No entanto, produzir um podcast envolve grandes desafios.
O primeiro deles está na produção em si. Um conteúdo de qualidade exige certo investimento em equipamentos e profissionais experientes. Para facilitar, já existem diversas produtoras especializadas na criação de podcasts no Brasil, como Half Deaf, Rádio Guarda-Chuva, Pod360, Rádio Novelo, Ampére, entre outras.
Outro desafio é conquistar uma audiência própria, o que pode levar meses e anos. Por isso, muitas empresas preferem focar o investimento nos patrocínios e anúncios, porque alcançam uma audiência já estabelecida.
Por fim, é preciso ter cuidado com o tipo de conteúdo que será criado. Produzir um podcast é abrir uma conversa com o público em torno de assuntos que sejam relevantes para a marca, mas mais ainda para os ouvintes. Por meio da qualidade, da profundidade e da regularidade da informação é que se conquista uma base fiel.
Leia também: Como melhorar sua estratégia de rádio?
Conteúdo patrocinado
Há ainda uma terceira opção. Talvez a marca não queira manter um projeto de longo prazo, como na produção própria, mas deseja conduzir uma conversa mais aprofundada com o público sobre algum tema relevante para o negócio. Algo que extrapola os limites do patrocínio e anúncios.
Nesse caso, existe a possibilidade de criar um conteúdo patrocinado em parceria com um publisher. Desse modo, poderá dedicar um episódio inteiro a posicionar-se como referência em determinado assunto.
A UniSociesc, instituição de ensino superior catarinense, aproveitou essa oportunidade. Além das matérias do canal Educação com Propósito, produzidas pelo Estúdio NSC Branded Content, foram criados dois episódios em áudio com a apresentação de Rúbia Laidens, do programa Tech SC.
Os episódios trouxeram especialistas da UniSociesc para falar sobre educação e competências necessárias ao mercado de trabalho. Assim, a marca pôde apresentar de forma sutil as soluções que oferece ao público e atrair a atenção de um modo natural para o ouvinte. Melhor ainda: contou com o padrão de qualidade de produção da NSC e com uma figura conhecida pelo público para destacar a ação.
Para saber mais sobre o trabalho do Estúdio NSC Branded Content, descubra os cases de sucesso criados para as marcas em Santa Catarina.