O cenário gerado pelo novo coronavírus acelerou algumas tendências e criou padrões próprios de consumo. Diante disso, entender e acompanhar o comportamento do consumidor é essencial para a sobrevivência dos negócios neste momento.
Se já apontávamos as vendas pela internet como escolha do público por maior praticidade, agora é uma questão de necessidade. Saiba mais sobre o panorama desse comércio virtual diante da pandemia e confira algumas observações para sua empresa.
A tendência das vendas on-line
As vendas pela internet já vinham em um movimento de alta no Brasil. A perspectiva da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) era de um crescimento de 18% em 2020, antes da pandemia de Covid-19.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, pagamentos digitais já representam 43% do consumo das famílias brasileiras. Só o uso de cartões movimentou R$ 1,84 trilhão em 2019 no Brasil, um aumento de 18,7% para 2018.
As próprias lojas tinham muito o que celebrar com isso. De acordo com o relatório NeoTrust, do Compre & Confie, o faturamento on-line em 2019 aumentou 23% em relação ao ano anterior. O número de pedidos aumentou em 22% e o número de consumidores em 43%.
Então, o que acontece com o impacto do novo coronavírus no Brasil?
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O comércio eletrônico durante o coronavírus
A ABComm revela que a compra de produtos pela internet teve alta de 40% em março, comparado ao mesmo período de 2019, diante das medidas mais intensas de distanciamento social adotadas no País. Alguns segmentos de bens de consumo, como saúde, beleza, perfumaria e supermercado, tiveram crescimentos de 80% a 111%.
No entanto, itens não essenciais também tiveram um aumento súbito de pedidos. Dados da Konduto mostram que brinquedos chegaram a registrar alta de 643% e artigos esportivos de 188%.
O comportamento do consumidor digital mudou não só no sentido de que clientes habituais estão comprando mais pela internet, mas também há um fluxo de novos consumidores tendo a experiência de compra virtual pela primeira vez. São pessoas descobrindo aplicativos de e-commerce, pesquisando alternativas aos serviços de sempre e pedindo os mais variados itens no conforto do lar.
Elas compraram pela primeira vez em e-commerce, segundo a consultoria Kantar:
- Alimentos e bebidas: 17%
- Remédios sem prescrição: 15%
- Cosméticos e produtos de higiene pessoal: 12%
- Serviços: 12%
- Roupas e acessórios: 8%
- Eletrônicos: 8%
Isso gera uma oportunidade para novos negócios se tornarem conhecidos ou empresas já estabelecidas conquistarem mais espaço de mercado. A pandemia implica uma ruptura de status quo e as marcas que souberem se posicionar com uma boa comunicação, focada em trazer utilidade e praticidade para o público, e com uma forte presença digital se tornarão mais competitivas daqui para a frente.
A maior procura pelas compras na internet teve outro efeito sobre o funcionamento do comércio eletrônico: mais tempo para as entregas. Segundo uma pesquisa da consultoria Ebit/Nielsen, em média, alimentos e bebidas levam agora quatro vezes mais tempo para serem entregues. Além disso, o consumidor digital tem encontrado discrepâncias entre os estoques das lojas físicas e virtuais.
As consequências da pandemia de Covid-19 ressaltam a importância de ter uma estratégia omnichannel. Sem a completa integração dos canais de venda, a capacidade de pronta-resposta da empresa, especialmente em termos de disponibilidade de produtos, fica prejudicada.
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Mudanças na rotina do consumidor digital
A própria forma de pesquisar e comprar pela internet mudou com esse novo comportamento do consumidor digital.
No período pré-distanciamento social, verificavam-se picos de visitas a lojas virtuais às 13h às 18h, ou seja, no horário de almoço e no fim do horário comercial. Agora, entre 17h e 22h vê-se um tráfego mais constante. De acordo com um estudo da Social Miner, “com o público em casa, o engajamento com o varejo virtual passa a ser também uma forma de distração, substituindo atividades com as quais o consumidor estaria anteriormente envolvido”.
Já os picos de vendas on-line têm se estabelecido às 14h e das 18h em diante, com mais vendas sendo concluídas entre 22h e 23h que no meio da tarde. Isso muda, inclusive, a forma de encontrar os melhores horários para anunciar. O “horário nobre” das mídias agora está mais bem distribuído ao longo do dia.
Outra mudança diz respeito aos dias que têm gerado mais conversões. A proximidade do final de semana, nas quintas e sextas, contribui com a maior porção das vendas on-line. Mas também é possível criar ofertas atraentes de produtos ou serviços para cada dia, com base em necessidades específicas do público para diferentes momentos da semana.
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