A alimentação é um gasto essencial. No entanto, diversos fatores influenciam onde os brasileiros comem e o que vai na mesa.

Em 2023, enquanto a economia brasileira se recupera, as categorias ligadas à alimentação fora de casa e dentro dela apresentaram sinais de crescimento em Santa Catarina. Os serviços prestados às famílias, por exemplo, tiveram alta de 10,6% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Já o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 2,2%.

Nesse sentido, trazemos a seguir os destaques do Mapa da Alimentação Brasileira Dentro e Fora de Casa, elaborado pela Globo. Os dados nos ajudam a entender melhor como o consumidor tem escolhido onde comer, quanto ele gasta em média e como as marcas podem atraí-lo. Acompanhe!

Os gastos dos brasileiros com alimentação fora do lar e em casa

Os brasileiros gastam mais com a alimentação fora do lar, mas frequentam menos restaurantes e lanchonetes. Isso é o que apontam os dados de 2022 de um levantamento do Instituto Foodservice Brasil (IFB). Nesse ano, foram gastos R$ 216,2 bilhões em refeições na rua.

Esse gasto representa um acréscimo de 1% em relação a 2019, ano anterior à pandemia de Covid-19. Em seguida, o segmento sofreu quedas consideráveis e vem se recuperando desde então. Só entre 2021 e 2022, o crescimento foi de 27,6%.

Contudo, o tráfego nos estabelecimentos que cuidam da alimentação brasileira continua muito abaixo do nível pré-pandemia. A quantidade de visitas caiu de 15 bilhões em 2019 para 12 bilhões em 2022, uma perda de 20%.

Como aponta o estudo da Globo, o orçamento mais apertado obriga os brasileiros a preparar mais comida em casa, mesmo quando pretende comê-la na rua. Além disso, sabemos que a alimentação como um todo já toma uma parte considerável do orçamento familiar, como destaca uma pesquisa da Elo.

Dados da Globo e MindMiners ainda mostram que o preparo da comida em casa domina todas as refeições do dia, seja para consumo dentro do lar, seja no trabalho.

Preparo da refeição em casa durante a semana:

• Café da manhã: 69%
• Almoço: 60%
• Lanche da tarde: 38%
• Jantar: 64%
• Lanche da madrugada: 24%

Mesmo aos finais de semana, o consumidor tem preferido cozinhar a ir a um restaurante ou pedir entrega de comida em casa. Então, vale perguntar: o que motiva o público brasileiro a gastar com alimentação fora do lar?

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Brasileiros recorrem à marmita de casa para economizar. (Foto via Freepik)

Quando os brasileiros preferem comer em restaurantes?

Ir até um restaurante ou lanchonete é o segundo método mais utilizado na alimentação brasileira. Aqui se incluem o serviço no salão (comer no estabelecimento), a retirada para alimentar-se em outro lugar e o drive-thru.

Frequência das refeições em restaurantes durante a semana:

• Café da manhã: 16%
• Almoço: 34%
• Lanche da tarde: 29%
• Jantar: 31%
• Lanche da madrugada: 12%

A motivação para comer fora de casa varia ao longo do dia. De manhã, por exemplo, a rapidez é o principal fator. No almoço, o fato de já estar fora de casa é apontado pelo consumidor. Porém, à noite, a vontade de comer algo específico fala mais alto.

A situação muda de figura aos finais de semana. Aos sábados e domingos, os brasileiros que escolhem comer em restaurante desejam algo fora do tradicional. Eles também visitam esses estabelecimentos com maior frequência.

Consumo das refeições em restaurantes nos finais de semana:

• Café da manhã: 24%
• Almoço: 42%
• Lanche da tarde: 26%
• Jantar: 40%
• Lanche da madrugada: 15%

Mas e o gasto com a alimentação fora do lar? A pesquisa revela que a faixa principal de valor médio está entre R$ 31 e R$ 50, com 41% do público. Em seguida, vem o patamar entre R$ 51 e R$ 100, para 31% das pessoas.

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A presença do delivery na alimentação brasileira

Entre preparar a própria comida e a alimentação fora de casa, ainda temos o delivery de alimentos.

De acordo com as informações de Globo e MindMiners, 45% dos entrevistados fazem pedido de comida 1 vez por semana ou 2 vezes por mês. Enquanto isso, 31% pedem 2 vezes por semana ou até mais.

A principal razão para isso está na conveniência: 52% dos usuários apreciam não precisar sair de casa. Contudo, a vontade de provar novos sabores é outro elemento importante nessa escolha.

Motivos para pedir delivery:

• 52% gostam de provar comidas diferentes.
• 41% pedem quando não podem sair de casa.
• 38% têm necessidade de otimizar o tempo.
• 26% aproveitam os cupons de desconto.

Esse último dado é particularmente interessante para quem procura atrair novos clientes no serviço de entrega. Os cupons de desconto se mostram eficazes com um em cada quatro consumidores.

Além disso, tanto para o delivery quanto para as refeições nos restaurantes, há uma grande oportunidade nos programas de fidelidade. Quatro em cada dez entrevistados nunca utilizaram algo do gênero e três em cada dez sequer conhecem tais programas.

Mas o melhor caminho para atrair clientes no segmento de alimentação fora do lar é a publicidade. Isso porque 62% do público se interessa por saber mais sobre um restaurante ou lanchonete depois de ser impactado pela propaganda.

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