Foi lançada na quinta-feira, 15 de julho, a InovaGovSC, rede de inovação do setor público catarinense. A iniciativa une o Governo Estadual, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a Assembleia Legislativa (Alesc), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) com o objetivo de qualificar e modernizar a gestão pública.
A ação vem somar-se a outras atividades dos setores público e privado para estimular a inovação catarinense. Confira a seguir algumas dessas novidades que movimentam o mercado.
Desenvolvimento de talentos no setor de tecnologia catarinense
Entre janeiro e maio de 2021, o setor de tecnologia em Santa Catarina gerou mais de 5 mil vagas de empregos, de acordo com o Observatório ACATE. Uma sondagem preliminar da ACATE também revela que 5,2 mil vagas devem ser abertas nas empresas catarinenses.
O desafio da tecnologia em SC é preencher essas vagas com talentos qualificados. Desenvolvedores, programadores, profissionais de TI e de outras áreas relacionadas precisam de conhecimentos especializados para atender às demandas do setor.
Pensando nisso, o governador Carlos Moisés e a diretoria da ACATE reuniram-se em julho deste ano para discutir a formação de mão de obra qualificada. A partir da reunião, foi criado um grupo de trabalho no Governo do Estado para o desenvolvimento de políticas públicas de longo prazo para qualificação dos trabalhadores em tecnologia.
A própria ACATE, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), tem aberto um processo seletivo com 90 vagas para formação de desenvolvedores. As inscrições para o programa DEVinHouse estão abertas até 27 de julho de 2021.
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Novos centros de inovação em Santa Catarina
O Estado conta com uma ampla rede de suporte às startups de tecnologia. O ecossistema de inovação tem centros ligados às principais universidades catarinenses, além de entidades de apoio empresarial, como a parceria entre ACATE e Sebrae/SC que resultou na incubadora MIDITEC. Ela foi eleita como uma das cinco melhores incubadoras do mundo, segundo o ranking da UBI Global.
Mas para a inovação catarinense crescer ainda mais, com maior descentralização, novos centros inovadores têm surgido pelo Estado nos últimos anos. Outros ainda estão por vir.
A Ilha do Silício, como ficou conhecida Florianópolis, recebeu em 2020 o Centro de Inovação em Gastronomia Abrasel e em 2021 ganhará um Centro de Inovação Social.
Na região Oeste e Meio-Oeste, ao longo de 2020 foram entregues o Centro de Inovação Videira Dante Martorano, em Videira, o Centro de Inovação Tecnológica de Chapecó e o Centro de Inovação Vale do Rio do Peixe, em Joaçaba.
Um pouco antes, no Vale do Itajaí, o Centro de Inovação Norberto Frahm foi inaugurado em 2019, na cidade de Rio do Sul. No ano seguinte foi aberto o Centro de Inovação Blumenau. Logo as startups de Brusque também poderão ter um novo endereço, com as obras do centro de inovação brusquense perto do fim.
No Norte de Santa Catarina, Jaraguá do Sul ganhou seu próprio Centro de Inovação, o Novale Hub, em 2018. E em 2019 foi a vez de Joinville com o Centro de Inovação de Joinville, o Ágora Hub.
Já no Sul do Estado, o Centro de Inovação de Tubarão deverá ter as atividades iniciadas nos próximos meses.
Todos esses novos espaços devem proporcionar uma estrutura ainda mais adequada para o desenvolvimento de soluções tecnológicas em Santa Catarina, soluções essas cada vez mais especializadas e em sintonia com as necessidades regionais.
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Tecnologia puxa a economia catarinense
Vale destacar que o faturamento do setor de tecnologia de Santa Catarina é o quarto maior do Brasil, à frente de estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro. A informação é do Tech Report 2020, que ainda aponta o mercado catarinense como o que teve maior crescimento no número de empresas tecnológicas entre 2015 e 2019.
São mais de 12 mil empresas atuando no setor em Santa Catarina. O faturamento anual supera os R$ 17,7 bilhões.
Outro bom índice do Estado vem da Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE. No acumulado do volume de serviços de informação e comunicação prestados entre janeiro e maio de 2021, que inclui a tecnologia da informação, Santa Catarina teve uma alta de 8,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse foi o segundo melhor resultado no País, atrás apenas de São Paulo, com 14,7%. A média nacional ficou em 7,4%.
A receita nominal dos serviços de informação e comunicação em Santa Catarina também cresceu, sendo 9,9% maior entre janeiro e maio de 2021 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, a média brasileira esteve em 9,7%.
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