Florianópolis é reconhecida como um dos maiores polos de inovação no Brasil. Inclusive, de acordo com Tech Report 2020, é a cidade brasileira com o maior número de empresas de tecnologia por mil habitantes. São 5,1 empresas para cada mil florianopolitanos.
A capital ainda é responsável por grande parte do faturamento em tecnologia no Estado. Santa Catarina faturou R$ 17,7 bilhões em 2019 com o setor, enquanto a Grande Florianópolis movimentou R$ 9,9 bilhões.
Mas o reconhecimento também é internacional. O estudo The Global Startup Ecosystem Index Report 2021, realizado anualmente pela StartupBlink, colocou Florianópolis entre os 15 ecossistemas de startups mais bem avaliados da América Latina e Caribe. Veja mais detalhes a seguir.
Ecossistema de Florianópolis em 15° lugar na América Latina e Caribe
Esse índice global de ecossistemas de startups avalia 1.000 cidades, em uma centena de países, e cria a partir disso um ranking internacional.
O Brasil como um todo perdeu seu lugar no top 20 mundial e agora aparece em 24º lugar, quatro a menos que no relatório de 2020. As cinco primeiras posições são ocupadas por Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Canadá e Alemanha.
Já no ranking por cidades, São Paulo manteve-se no top 20, ficando com a 20ª colocação. Na América Latina e Caribe, o posto mais próximo é o da Cidade do México, em 50º lugar.
O ecossistema de Florianópolis aparece como o 270º mais bem avaliado no mundo. Mas se considerarmos apenas América Latina e Caribe, a capital de Santa Catarina aparece na 15ª posição.
O Brasil tem sete cidades nesse top 20: São Paulo (1º), Curitiba (7º), Rio de Janeiro (8º), Belo Horizonte (10º), Porto Alegre (14º), Florianópolis (15º) e Brasília (19º). Portanto, a capital catarinense fica em sexto no ranking nacional.
México e Colômbia, por sua vez, emplacam três cidades entre os 15 ecossistemas de startups mais bem avaliados na América Latina e Caribe. A Argentina aparece em duas posições, enquanto Chile, Peru, Uruguai, Costa Rica e Porto Rico têm uma cidade cada na lista.
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Como foi avaliado o ecossistema da startups de Florianópolis?
O ranking elaborado pela StartupBlink leva em conta três critérios de avaliação: quantidade, qualidade e ambiente de negócios. Cada um gera uma nota para a cidade, que é comparada entre localidades e somada nas notas nacionais.
Quantidade
Um ecossistema de startups fértil é aquele capaz de florescer novos negócios. Mas, para isso, também é preciso que haja um bom número de outras organizações apoiando, como aceleradoras e incubadoras de empresas.
O fator quantidade avalia, por exemplo:
- o número de startups;
- o número de espaços de trabalho compartilhado;
- o número de aceleradoras;
- o número de encontros de negócios entre startups.
Qualidade
Aqui se procura analisar a relevância desses negócios de cada cidade e como eles se posicionam em relação ao ecossistema global de inovação.
O fator qualidade avalia, por exemplo:
- a presença de sedes ou braços de empresas multinacionais;
- a presença de empresas do tipo unicórnio ou panteão;
- o total de investimento privado;
- o número de colaboradores por startup;
- a realização de eventos globais para empreendedores.
Ambiente de negócios
Outros elementos ainda compõem uma estrutura favorável para o desenvolvimento de startups. A própria legislação de um país pode influenciar isso e investimentos em infraestrutura e educação impactam o ecossistema de inovação.
O fator ambiente de negócios avalia, por exemplo:
- a facilidade de se fazer negócios e abrir empresas;
- a velocidade da internet na localidade;
- a liberdade no meio digital;
- a disponibilidade de serviços digitais;
- o número de patentes registradas por pessoa;
- o nível de proficiência em inglês.
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Florianópolis é a terceira cidade mais empreendedora no Brasil para Endeavor
Outro estudo, desta vez da Endeavor em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), aponta as cidades mais empreendedoras no Brasil. Novamente, Florianópolis aparece bem colocada, em 2º lugar no ranking nacional.
Florianópolis destaca-se especialmente nos quesitos inovação e capital humano, sendo a cidade mais bem avaliada no Brasil nesses dois aspectos. Para Pablo Bittencourt, consultor econômico da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), “qualidade de vida, ecossistema de inovação e menos burocracia são fatores que fomentam o empreendedorismo na capital”.
Outras duas cidades catarinenses aparecem entre as 20 mais bem posicionadas no País: Joinville aparece na 16ª posição, enquanto Blumenau fica com a 17ª.
Como se vê, o desenvolvimento de um ecossistema de startups não é resultado de um único fator. É uma soma de esforços entre governos, iniciativa privada e sociedade. E nisso Florianópolis está caminhando na direção certa.
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