Os pequenos negócios têm um papel fundamental para a economia brasileira. De acordo com dados do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), eles participam de aproximadamente 30% do produto interno bruto nacional e são responsáveis por 51% do emprego gerado no País.
A importância dos pequenos negócios é reconhecida, inclusive, com uma data especial. No dia 5 de outubro comemora-se o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa.
Em Santa Catarina, os pequenos negócios têm uma participação ainda maior no PIB. Como revela o estudo “Participação MPE na Economia Brasileira e Produtividade”, essas micro e pequenas empresas representam 41,8% do PIB catarinense. Por isso, é motivo de celebração que três em cada quatro empresas do tipo tenham se mantido estáveis ou até mesmo cresceram ainda dentro de um cenário pandêmico.
Quase metade dos pequenos negócios aumentaram as vendas no 2° trimestre
Na pesquisa “Tendência Conjuntural dos Pequenos Negócios”, do Observatório de Negócios do Sebrae/SC, foram realizadas 810 entrevistas com microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) pelo Estado. A partir disso, foi observado que quase metade dos pequenos negócios catarinenses tiveram crescimento de vendas no segundo trimestre de 2021.
Desempenho nas vendas em relação ao 1º trimestre:
- 25,4% aumentaram em mais de 10%.
- 19,5% aumentaram em menos de 10%.
- 30,7% tiveram o mesmo desempenho.
- 24,5% tiveram um desempenho abaixo.
A pesquisa destaca o controle gradual da pandemia, com o aumento da vacinação e a redução de casos, por trás desse estímulo para a retomada econômica.
Esse crescimento é liderado pela indústria, na qual 47,6% dos entrevistados afirmaram ter presenciado aumento de vendas no segundo semestre trimestre de 2021. É também o setor com menor percentual de empresas em queda: apenas 20% registraram menos vendas. Os setores de serviços (com alta de 46,4%) e comércio (44,2%) apresentaram crescimentos não menos expressivos.
Na situação dos pequenos negócios catarinenses, ainda merecem destaque as regiões da Foz do Itajaí (com alta de 51,7%), do Sul catarinense (48,4%) e Vale do Itajaí (48,4%) como as que cresceram no período de comparação.
Diante desses números, os empresários estão confiantes. Seis em cada dez empreendedores catarinenses (61,3%) têm confiança de que a economia brasileira está seguindo uma trajetória de crescimento.
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Pequenos negócios são os maiores geradores de empregos no Brasil
As micro e pequenas empresas foram as primeiras a sentir o impacto econômico da pandemia. Agora, mesmo que em ritmos diferentes nas mais variadas atividades, mostram que têm poder de recuperação.
Com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Sebrae aponta que os pequenos negócios geraram mais de 1,5 milhão de postos de trabalho no Brasil entre janeiro e agosto de 2021. Isso representa cerca de 70% dos empregos criados no período.
Enquanto isso, as médias e grandes empresas foram responsáveis por 507 mil dos postos gerados.
Apenas em agosto de 2021, os pequenos negócios criaram 265,1 mil empregos. O setor de serviços foi o que mais abriu vagas no mês, com 119,3 mil vagas, ou 46% do total. Completam a lista de contratações o comércio (69,8 mil trabalhadores), a indústria da transformação (40,6 mil), a construção (30,7 mil) e a agropecuária (2,5 mil).
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Pequenos negócios catarinenses têm dificuldade nas vendas pela internet
Um ponto de preocupação levantado pela pesquisa “Tendência Conjuntural dos Pequenos Negócios” diz respeito às vendas virtuais.
Passada uma onda da pandemia mais crítica no começo de 2021, o consumidor catarinense aumentou as compras presenciais. Então, as vendas por canais como Instagram, Facebook, WhatsApp e site tiveram uma queda em relação ao primeiro trimestre deste ano. Mesmo assim, 57% dos pequenos catarinenses realizaram vendas pela internet no período.
Essa presença digital é importante. Segundo a FGV, empresas com vendas on-line tiveram menos perdas durante a pandemia que os negócios sem qualquer e-commerce.
No entanto, 26,3% dos pequenos negócios catarinenses apontam a falta de conhecimento na área como a maior dificuldade para aumentar as vendas on-line. Isso vem muito à frente de outros possíveis entraves, como alta concorrência, custos ou estrutura da empresa. É por isso que já mostramos aqui no Negócios SC como superar o grande desafio das lojas na internet.
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