Em 2021, a volta às aulas começou a partir de 8 de fevereiro na rede privada e nas redes municipais de ensino, conforme a determinação de cada prefeitura. Na rede estadual, o início foi em 18 de fevereiro.
O Governo de Santa Catarina abriu a possibilidade de três formatos de ensino: 100% on-line, como foi ao longo de 2020, presencial ou híbrido. Os pais e responsáveis podem assinar um termo de compromisso para manter os alunos em casa, se assim preferirem.
Entretanto, independentemente do ensino presencial ou virtual, permanece a necessidade de compra do material escolar para o ano letivo. Mas como as famílias catarinenses estão se comportando diante da volta às aulas no cenário atípico da pandemia? É isso o que uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) procurou descobrir.
Confira os dados adiante!
Sobre a pesquisa de intenção de compra de material escolar
O período de volta às aulas serve como termômetro econômico das famílias catarinenses no início do ano. Por isso é tão importante a pesquisa “Intenção de Compras na volta às aulas em 2021”, pois ela permite analisar o desempenho da economia de Santa Catarina diante da pandemia e projetar o poder de compra do consumidor no Estado.
Para chegar a essa análise, o Núcleo de Estudos Estratégicos da Fecomércio SC pesquisou 1.126 pessoas, entre 19 de janeiro e 3 de fevereiro de 2021, nas cidades de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joinville e Lages. Assim, tem-se uma melhor ideia da intenção de compra de material escolar em todas as regiões de Santa Catarina.
Além de permitir uma observação sobre o equilíbrio financeiro das famílias catarinenses, a pesquisa reafirma certas tendências do comportamento do consumidor que despontaram nos últimos meses. É importante acompanhar esses movimentos do consumo, já que algumas dessas tendências vieram para ficar.
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Catarinenses concentram as compras em menos estabelecimentos
Os dados da Fecomércio SC mostram que o consumidor em Santa Catarina teve sim a intenção de comprar material escolar para o primeiro semestre de 2021. No período de coleta das respostas, 77,1% dos entrevistados afirmaram que fariam compras nesse sentido.
Por outro lado, apenas 7,7% do público indicou que não compraria material escolar devido à incerteza ou a motivos econômicos. O restante dos entrevistados indicou que pretendia reutilizar material do ano anterior ou a própria instituição de ensino forneceria o necessário.
Quanto à lista de compras solicitada pelas instituições, em 43,6% dos casos o valor ou o número de itens está maior do que em 2020. Somente 14,1% das pessoas disseram que houve uma redução de fato nas exigências. Ou seja, as necessidades de ensino não retrocederam, no geral.
Entretanto, mudou a forma como o catarinense está adquirindo esses itens de material escolar. Em comparação com os dados do ano anterior, houve uma transformação nos canais de compra para a volta às aulas.
Primeiro, o consumidor pretende concentrar as compras em menos estabelecimentos. A pandemia, vale lembrar, aumentou a busca por conveniência e poder resolver tudo em um só lugar, reduzindo a circulação e o contato físico. Com isso, a competição aumenta e as empresas precisam criar diferenciais para atrair o público.
Intenção de compra por número de estabelecimentos:
- 1 estabelecimento: 43,8% em 2020, 45% em 2021;
- 2 estabelecimentos: 19,6% em 2020, 23,3% em 2021;
- 3 estabelecimentos: 20,6% em 2020, 9,9% em 2021;
- 4 ou mais estabelecimentos: 10,3% em 2020, 6,9% em 2021;
- não sabe ou não respondeu: 5,6% em 2020, 14,9% em 2021.
Apesar dessa concentração, vê-se uma maior indecisão de onde comprar. Pensando nesse perfil de consumidor, este é o momento de investir na comunicação da sua empresa.
Já com relação aos canais de compra, temos a abertura de oportunidades para mais empresas entrarem no movimento de volta às aulas. Papelarias, livrarias e o comércio de rua em geral precisará reinventar-se diante da praticidade que os supermercados e lojas de departamento oferecem. Percebe-se também a ascensão do comércio virtual na hora de ir atrás de material escolar.
Intenção de compra por tipo de estabelecimento:
- papelaria, livraria e comércio de rua: 91,2% em 2020, 61,1% em 2021;
- supermercado: 2,1% em 2020, 14% em 2021;
- lojas de shopping: 2,1% em 2020, 3,3% em 2021;
- internet: 0,8% em 2020, 2,9% em 2021;
- outro: 2,0% em 2020, 1,1% em 2021;
- não sabe ou não respondeu: 1,7% em 2020, 5,6% em 2021.
Outra mudança foi a entrada das lojas de departamento e eletroeletrônicos nos tipos de estabelecimento preferidos pelo consumidor na volta às aulas. Elas se estabelecem como local principal de compra entre 11,9% do público.
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Compras à vista, mas olho no preço
Na volta às aulas em 2021, o consumidor está controlando os gastos. Isso se reflete na pesquisa de preços: 56,2% dos entrevistados pela Fecomércio SC fazem da busca por valores parte de sua estratégia de compras.
De olho no preço, a expectativa de gasto médio com material escolar em 2021 é 21% menor que em 2020. Aí está mais um bom motivo para investir na comunicação de produtos nessa área, levando as ofertas ao público e ajudando o consumidor na decisão de compra.
O catarinense também está mais cauteloso quanto às compras parceladas. Portanto, isso já não é um atrativo tão grande para atraí-lo.
Meio de pagamento preferido para compra de material escolar:
- à vista, em dinheiro: 61,1% em 2020, 45,8% em 2021;
- à vista, no cartão de débito: 9,1% em 2020, 22,3% em 2021;
- à vista, no cartão de crédito: 3,7% em 2020, 18,2% em 2021;
- parcelado, no cartão de crédito: 20,4% em 2020, 10,2% em 2021;
- parcelado, no crediário: 3,5% em 2020, 1,6% em 2021;
- outro: 0,5% em 2020, 0,1% em 2021;
- não sabe ou não respondeu: 1,6%, 1,7% em 2021.
Ainda tivemos a novidade de 0,1% dos respondentes afirmando a preferência por transferências eletrônicas à vista na hora de pagar.
Desses dados podemos observar que o público está optando cada vez mais por meios de pagamento sem contato físico, com a nítida redução no uso de papel-moeda. Além disso, o crescimento das compras on-line também favorece o uso de cartões.
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Compras de adaptação para o ensino virtual
Outro dado interessante da pesquisa “Intenção de Compras na volta às aulas em 2021” revela como o ensino virtual trouxe uma necessidade de adaptação do lar para a educação.
Há um mercado potencial de consumidores para itens que vão além de cadernos, canetas, livros e afins. No formato on-line, cadeiras ergonômicas e dispositivos de acesso à internet são igualmente indispensáveis no processo de aprendizagem.
Em 2020, a Fecomércio SC mostra que 20,1% do público realizou compras nesse sentido. Porém, um número ainda maior de pessoas, ou 26,1%, não fez as adaptações necessárias em casa. O restante, 53,8%, teve a sorte de já possuir o que necessitava.
Quem se adaptou fez um grande investimento para isso. Entre móveis, eletrônicos e serviços, há um amplo mercado para atender às necessidades do ensino virtual.
Itens adquiridos para facilitar o estudo em casa:
- dispositivo móvel: 37,3%;
- plano de internet ou dados: 24,5%;
- computador: 24,2%;
- mouse e/ou teclado: 5,2%;
- escrivaninha ou mesa: 4,2%;
- microfone ou webam: 3,1%;
- cadeira ergonômica: 1,5%.
A pesquisa mostra que grande parte dos consumidores catarinenses está disposto a ir às compras, mas com cautela, planejamento e muita pesquisa. As oportunidades para as marcas estão aí.
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