A renda em Santa Catarina tem um amparo na menor taxa de desocupação da força de trabalho em todo o Brasil durante a pandemia. Enquanto o índice catarinense ficou em 6,2% no primeiro trimestre de 2021, segundo a PNAD Contínua do IBGE, a média brasileira ficou em 14,7%.
Como referência, o segundo melhor desempenho no período foi do Rio Grande do Sul, com 9,2%, três pontos percentuais acima do resultado catarinense.
Contudo, o fato é que muitas famílias no Estado tiveram a renda afetada nesses últimos 16 meses e é pensando nelas que novos auxílios emergenciais foram criados em Santa Catarina. Saiba mais sobre esses pagamentos a seguir, além das expectativas de renda para o segundo semestre deste ano.
Renda em Santa Catarina é maior que a média brasileira
Também de acordo com a PNAD Contínua, o rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população residente em Santa Catarina foi de R$ 1.632 no ano de 2020. O resultado foi o quinto melhor entre as unidades federativas, atrás de Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, ficando acima da média nacional de R$ 1.380.
Se considerarmos apenas a renda catarinense da população empregada, o número é igualmente superior ao patamar brasileiro. O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas alcançou os R$ 2.818 no primeiro trimestre de 2021, mais uma vez com o quinto melhor desempenho entre os estados, enquanto a média do País ficou em R$ 2.544 nos três primeiros meses deste ano.
Ainda assim, os domicílios sem renda do trabalho cresceram perto de 30% em Santa Catarina ao longo de 2020, como destacam Vicente Loeblein Heinen e Lauro Mattei no Núcleo de Estudos de Economia Catarinense, da UFSC.
Para reduzir os impactos econômicos da pandemia entre esse grupo de pessoas, o Estado de Santa Catarina e a Prefeitura de Florianópolis estipularam novos auxílios emergenciais para os cidadãos que não receberam o auxílio do Governo Federal, segundo os critérios de cada benefício.
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Pagamento do auxílio emergencial em Santa Catarina
O auxílio emergencial em Santa Catarina será maior, por mês, que o valor pago pelo Governo Federal em 2021, com valor médio de R$ 250 em quatro parcelas.
SC Mais Renda: auxílio emergencial para SC
Em nível estadual, o SC Mais Renda é um auxílio que terá um valor de R$ 900, dividido em três parcelas, com o primeiro pagamento previsto para o final de julho. O benefício deve alcançar 67 mil famílias catarinenses.
Os moradores do Estado receberão um cartão como o vale-alimentação — em vez de poderem sacar o saldo — que será aceito em supermercados, mercearias, padarias, quitandas, açougues, farmácias, restaurantes, papelarias, livrarias e postos de combustíveis.
Podem receber o auxílio as famílias com registro no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), desde que não tenham recebido qualquer auxílio do Governo Federal. O benefício também visa aos trabalhadores que perderam emprego durante a pandemia, desde que incluídos em algumas categorias (alojamento, alimentação, casas de festas, eventos, artes cênicas, espetáculos etc.) e demais critérios do Governo Estadual.
O cadastro e mais informações estão disponíveis no site do SC Mais Renda.
AME: auxílio emergencial municipal exclusivo de Florianópolis
Florianópolis foi a primeira cidade de Santa Catarina a criar um auxílio municipal emergencial, o AME. Nele há duas modalidades de pagamento, iniciadas a partir de 28 de maio:
- Cinco parcelas de R$ 300, totalizando R$ 1.500.
- Cinco parcelas de R$ 375 para famílias monoparentais em que a mãe é provedora, totalizando R$ 1.875.
O benefício deve ajudar em torno de 3 mil famílias cadastradas no CadÚnico que residam na capital catarinense. Para ter esse direito, elas não podem ter recebido auxílio do Governo Federal, Bolsa Família ou qualquer outro auxílio relacionado à pandemia, nem passar da renda per capita de R$ 178. Apenas uma pessoa por família pode receber o AME.
O pagamento é feito pela Caixa Econômica Federal.
Mais informações encontram-se no hotsite da Prefeitura de Florianópolis.
A renda dos catarinenses ganha, com isso, um reforço justamente nas camadas mais impactadas pela pandemia. Além da população, é o mercado consumidor do Estado que sai fortalecido.
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Crescimento na indústria, comércio e serviços garantem empregos
A melhor renda, no entanto, é a do emprego. E o desempenho da economia catarinense vem sendo bastante positivo para a criação de oportunidades.
Na indústria, segundo a Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE, entre janeiro e abril o Estado teve um crescimento de 24,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado, sendo o melhor resultado no Brasil em 2021.
Também de acordo com o IBGE, o comércio catarinense cresceu 4,8% no quadrimestre, em relação ao ano passado.
Já no setor de serviços, o crescimento de Santa Catarina foi de 13,7% entre janeiro e abril, o segundo melhor índice no País.
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