Santa Catarina fechou o primeiro semestre de 2022 com saldo positivo nos setores de serviços e varejo. Isso é o que revelam os dados do IBGE até junho deste ano.
Como destaca o Observatório FIESC, a partir de informações do Banco Central, os resultados obtidos colocam a atividade econômica catarinense acima da média brasileira. No acumulado de 12 meses até maio de 2022, o Índice de Atividade Econômica no Estado cresceu 3,1% frente a alta de 2,7% no Brasil como um todo.
Isso é bom porque faz a economia de Santa Catarina girar e mantém ou amplia os postos de trabalho para a população. Portanto, vale acompanhar de perto esse desempenho com o Negócios SC.
Crescimento no volume de vendas do varejo
O comércio varejista em Santa Catarina teve altas tanto no volume de vendas quanto na receita nominal durante os seis primeiros meses de 2022, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio.
No volume de vendas do varejo restrito, o Estado teve um crescimento de 1,4% entre janeiro e junho deste ano frente ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi igual ao do Brasil.
Já em receita nominal, a alta no semestre foi de 20,7% para os lojistas, em relação aos mesmos seis meses de 2021. Enquanto isso, o patamar brasileiro como um todo ficou em 16,9%.
Percebe-se aí o descompasso entre as vendas no varejo restrito e a receita nominal efetivamente alcançada. A inflação acumulada de 10,07% nos 12 meses até junho provoca esse efeito, elevando a receita ao mesmo tempo que coloca pressão sobre o volume.
Ainda assim, a economia de Santa Catarina conseguiu resultados positivos nesses dois parâmetros. E o desempenho foi ainda melhor no varejo ampliado, que inclui também veículos e materiais de construção. Nele, o crescimento foi de 5,3% no volume de vendas e de 23,2% em receita durante o primeiro semestre de 2022.
Isso explica a melhora no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) no Estado, avaliado pela Fecomércio SC. Entre junho e julho deste ano, o ICEC cresceu 3%, revelando uma melhor percepção do empresariado catarinense sobre a situação econômica e a condição do setor.
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Comércio catarinense resiste e consegue crescer em 2022. (Foto via Freepik)
Setor de serviços cresce em Santa Catarina e abre vagas de trabalho
Da Pesquisa Mensal de Serviços vêm boas notícias para este outro setor importante da economia catarinense.
No acumulado entre janeiro e junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, Santa Catarina teve um crescimento de 4,3% no volume de serviços. Enquanto isso, a receita nominal registrou uma alta de 13,9%.
O destaque fica por conta da categoria de serviços prestados às famílias, que englobam atividades de alojamento e alimentação. Nesse caso, o resultado catarinense no semestre foi 29,6% maior em volume e 39,1% maior em receita nominal.
O setor de serviços então foi responsável pela maior parte das contratações formais em Santa Catarina. Do total de vagas criadas no Estado, como apontam os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), 51,5% vieram das atividades de serviços. Ao todo, o setor abriu 43.935 postos de trabalho no primeiro semestre.
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Santa Catarina mantém a menor taxa de desemprego do Brasil
Essa relação entre o crescimento dos setores e a geração de emprego fica ainda mais clara quando analisamos os números do mercado de trabalho em mais detalhes.
Santa Catarina fechou o segundo trimestre de 2022 com um ótimo saldo nesse quesito: a taxa de desemprego caiu de 4,5% para 3,9%, segundo dados da Pnad Contínua. Mais uma vez, o Estado é o que apresenta melhor resultado nesse indicador entre todas as unidades federativas no Brasil. A média nacional, por exemplo, ficou em 9,3%.
Em todo o primeiro semestre, Santa Catarina gerou 84.367 novos empregos. Esse é o quinto maior número de vagas abertas no período, atrás apenas de São Paulo (385 mil), Minas Gerais (140 mil), Rio de Janeiro (104 mil) e Paraná (90 mil). Os dados são do Novo Caged.
Além dos 43.395 postos de trabalho criados pelo setor de serviços, a indústria catarinense gerou 23.983 empregos nos primeiros seis meses de 2022, a construção 13.493 e o comércio 3.673. Apenas a agropecuária teve um resultado negativo, perdendo 176 vagas.
As cidades catarinenses que mais contrataram no período foram:
- Blumenau: 6.570 vagas
- Joinville: 6.254 vagas
- Florianópolis: 5.768 vagas
- Itajaí: 5.154 vagas
- São José: 3.520 vagas
- Chapecó: 3.457 vagas
- Itapema: 3.324 vagas
- Criciúma: 3.279 vagas
- Jaraguá do Sul: 2.427 vagas
- Indaial: 1.340 vagas
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