As redes sociais estão acabando, pelo menos da forma como as conhecemos até então. Ou como acreditamos que elas fossem.
A verdade é que o papel da conexão social tem ficado cada vez mais de lado em redes como Facebook, Instagram e Twitter. Esse foi um dos temas discutidos no YOUPIX Summit 2022 e de diversos outros debates ao longo do ano. A VICE, por exemplo, descreve este período como uma transição de uma conversa multidirecional para um modelo de transmissão entre criadores e audiências. Twitch e TikTok são exemplos já estabelecidos dessa nova realidade.
Mas não se preocupe: as redes vão continuar lá, agora como plataformas de transmissão de conteúdo. Então, é preciso ficar de olho nas tendências das redes sociais para 2023 e acertar na estratégia de marketing digital. Veja os destaques do assunto!
10 tendências das redes sociais para 2023
1. Autenticidade
O público digital está interessado na autenticidade. Basta ver o crescimento do BeReal, que não permite edições nas fotos postadas e preza pela espontaneidade. Apenas em 2022, a rede ganhou mais de 8 milhões de usuários ativos por mês.
Do lado das marcas, o que se espera é o alinhamento entre o discurso de autenticidade e a prática. Na hora de elaborar campanhas com influenciadores, por exemplo, é preciso considerar se aquelas pessoas refletem os valores e o universo do negócio. Para gerar relações fortes, o conteúdo precisa ser relacionável.
2. Microinfluenciadores
Está nas mãos dos microinfluenciadores criar conexões mais profundas entre as marcas e diferentes perfis de consumidor. Afinal, por ele estarem mais próximos de seus públicos, podem adaptar melhor a mensagem do negócio aos mais variados grupos. Além disso, em uma época de orçamentos apertados, a parceria com microinfluenciadores é mais acessível para as empresas.
3. Cultivando comunidades
Enquanto as plataformas perdem o quê de social, as marcas que conseguirem cultivar comunidades podem reter o engajamento. Nesse sentido, uma solução é investir no conteúdo gerado pelos usuários. Trazer os seguidores para dentro da comunicação e ter um olhar atento para participar dos assuntos do momento são formas de manter a conversa ativa nas redes sociais.
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4. Redes sociais descentralizadas
Parte considerável do público digital busca maior controle sobre a forma de consumir conteúdo. A partir disso, as redes sociais descentralizadas crescem como uma das grandes tendências para 2023. Exemplos como Minds, Mastodon e Bluesky, esta desenvolvida pelo criador do Twitter, apontam para um futuro em que o usuário controla o algoritmo, e não o contrário.
Essa descentralização exigirá novas estratégias das marcas. Nas redes descentralizadas, o foco deve ser em fortalecer comunidades: falar com públicos menores e de forma mais próxima.
5. Hackeando o algoritmo
Apesar do crescimento de novas redes sociais, gigantes como Facebook, Instagram e YouTube continuarão muito presentes na vida do consumidor. Como revela a Hootsuite, mais de 84% dos usuários do TikTok também estão no Facebook.
Mas nessas redes as marcas precisarão dançar conforme a música. E o próprio Mark Zuckerberg já avisou que 30% a 40% do feed dos usuários será composto por sugestões de inteligência artificial. Então, é preciso ficar de olho no que cada rede prioriza em seu algoritmo para conseguir furar a bolha, como é o caso da aposta do Instagram nos Reels.
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6. Vídeos curtos
Uma das formas de hackear o algoritmo é por meio de vídeos curtos, ou pílulas de conteúdo para rápido consumo. De acordo com uma pesquisa de YOUPIX e Nice House, 85,5% das pessoas que trabalham com vídeos curtos garantem que a estratégia dá resultado.
Essa é uma das principais tendências das redes sociais, popularizada não só por novas redes, como TikTok e Kwai, mas também pelos velhos conhecidos do público que estão correndo atrás do formato. Nesse sentido, Instagram com o Reels e YouTube com YouTube Shorts têm priorizado a exibição de vídeos curtos.
7. Redes sociais crescem na sombra do Twitter
Desde que Elon Musk comprou o Twitter, a rede de microblog perdeu metade de seus maiores anunciantes devido aos riscos à segurança da marca (brand safety) e problemas de suporte.
O público também teme pelo futuro da plataforma, mas os brasileiros parecem ter encontrado um novo passarinho para chamar de seu. A rede Koo ganhou quase 3 milhões de usuários no Brasil em poucos dias. Mastodon tem sido outro destino de muitos internautas, enquanto o lançamento da Bluesky não entra na disputa.
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8. QG da crise
É urgente que as empresas tenham um manual para lidar com crises nas redes sociais. Nunca se sabe de onde o cancelamento pode vir: de um comentário de cliente, de uma fala das lideranças ou da parceria com influenciadores. Por isso mesmo, os negócios precisam manter-se atentos e preparados para agir rapidamente.
9. Atendimento ao cliente
Uma das grandes tendências das redes sociais é o uso delas como canal de atendimento ao cliente. Em vez de recorrer a canais tradicionais, como site ou e-mail, o consumidor corre para as redes porque sabe que ali as chances de ser ouvido são maiores. Então, a Hubspot ressalta a importância dos chatbots para automatizar o processo e não sobrecarregar os atendentes.
10. Social commerce
As vendas pelas redes sociais é uma das principais tendências do varejo. Segundo a eMarketer, esse é um mercado que deve atingir 80 bilhões de dólares até 2025.
Isso significa, em um primeiro momento, que as marcas devem investir em SEO para redes. Afinal, como aponta a GWI, 54% dos usuários já recorrem às plataformas sociais para pesquisar produtos.
A partir disso, é preciso investir também em conteúdos que unam entretenimento e vendas. Transmissões ao vivo com a demonstração de produtos e a possibilidade de compra pelas redes têm se tornado uma prática cada vez mais difundida e valem ser incluídas na sua estratégia.
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