As incubadoras de empresas tornaram-se um importante mecanismo de geração de empreendimentos. Esse fomento ao ecossistema de inovação abrange 3.694 empresas incubadas no Brasil, responsáveis pela geração de 14.457 empregos, segundo dados do Mapeamento dos Mecanismos de Geração de Empreendimentos Inovadores. Além disso, impulsionam a economia.
Quer saber quais são as incubadoras de empresas em Santa Catarina e como elas funcionam? Confira a seguir.
Diferença entre incubadora e aceleradora
Dentro do ambiente de inovação, temos dois conceitos fundamentais: as áreas e os mecanismos.
As áreas referem-se aos espaços físicos onde empreendimentos inovadores atuam e desenvolvem-se. São os parques tecnológicos e científicos, os clusters, os hubs e as cidades inteligentes, por exemplo.
Já incubadoras e aceleradoras são mecanismos de geração de empresas que aproveitam essa estrutura física. Entre elas, ainda há uma diferença específica.
As incubadoras de empresas oferecem suporte para empreendedores desenvolverem suas ideias e transformá-las em empreendimentos bem-sucedidos. Para isso, prestam orientação empresarial e apoio à melhoria da gestão por meio de mentorias, formações e treinamentos.
As aceleradoras podem envolver esse suporte teórico à gestão do negócio, mas usualmente fazem também um investimento mais direto em startups, com aporte financeiro e participação societária. Nelas, o objetivo é criar atalhos para a empresa começar e gerar retorno.
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Incubadoras de empresas em Santa Catarina
Mantendo a independência do negócio, mas ainda contando com o apoio de especialistas e do networking envolvido, as incubadoras de empresas têm sido o caminho para o crescimento de muitos negócios no Estado.
Em 2019, constam 30 incubadoras ativas em Santa Catarina, das 363 existentes no País. Elas estão espalhadas por diversos polos de inovação, em mais de 20 cidades catarinenses, de acordo com o relatório As Incubadoras de Santa Catarina.
Um dos aspectos mais marcantes desse mecanismo de apoio é a aproximação entre empresas, academia e Governo, na chamada tríplice hélice. Inclusive, a primeira incubadora do Estado surgiu dessa aproximação. Em 1986 foi fundado o Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), em Florianópolis, por uma iniciativa do Governo do Estado para aproveitar os talentos e conhecimentos gerados pela UFSC em soluções empresariais.
Outras incubadoras catarinenses estão diretamente envolvidas ou surgiram dentro das próprias universidades. No âmbito nacional, são responsáveis por 61% dessas iniciativas. Podemos citar entre elas:
- Centro Regional de Inovação e Empreendedorismo da Unisul (CRIE);
- Incubadora Tecnológica Empresarial da UNIVALI (UNIINOVA);
- Pré-Incubadora de Base Tecnológica da UNIFEBE;
- Pré Incubadora Tecnológica da UNOESC;
- Incubadora Tecnológica e Empresarial da UnC Concórdia (ITEC).
Mas há também muitos casos de incubadoras formadas por iniciativas de empreendedores que buscaram a conexão com outros setores. A MIDITEC é um exemplo disso, que foi criada em 1998 pela parceria da ACATE com o Sebrae/SC e hoje é uma das cinco melhores incubadoras do mundo, segundo ranking da UBI Global.
Podemos mencionar ainda outras incubadoras de empresas em Santa Catarina, como::
- Incubadora Tecnológica (SOFTVILLE);
- Instituto Gene;
- Incubadora Tecnológica de São Bento do Sul (ITFETEP);
- Centro de Inovação e Tecnologia de Biguaçu;
- IBT INOVAPARQ;
- Incubadora Tecnológica Luzerna;
- Incubadora Rinetec;
- Incubadora Tecnológica de Empresas (MAFRATEC);
- Incubadora de Negócios INSITE LTDA.
No relatório As Incubadoras de Santa Catarina você encontra mais informações sobre a atuação dessas iniciativas no Estado.
Como uma incubadora de empresas pode ajudar
Costumam participar das incubações três perfis de projetos: pessoa física que tenha uma tecnologia/ideia e queira desenvolver um negócio, empresa já existente que queira desenvolver um novo produto ou serviço e grupo empresarial que pretenda criar uma nova empresa com base tecnológica.
O caráter inovador da solução é o traço comum para projetos serem aceitos em uma incubadora. Todos eles passam por avaliação e os mais aptos são incubados.
Agora, independentemente do perfil, os empreendedores contarão com apoio nas mais diversas áreas de um negócio. Serão aconselhamentos em:
- captação de recursos;
- contratos com financiadores;
- contabilidade;
- assistência jurídica;
- gestão empresarial;
- engenharia de produção;
- propriedade intelectual;
- comercialização;
- marketing, entre outros fundamentos.
Esse suporte acontece ao longo de três fases principais: implantação, crescimento e maturação.
Na implantação é formada a equipe de trabalho, constituída a empresa e identificado como ela pode contribuir para o desenvolvimento do setor, além do seu próprio potencial de crescimento.
No crescimento, ou consolidação, há o desenvolvimento técnico da solução, início da comercialização e estabelecimento de boas práticas organizacionais.
Já na maturação, depois de passar por toda a qualificação e aprendizados, a empresa inicia o processo para caminhar por conta própria.
Benefícios
O Mapeamento dos Mecanismos de Geração de Empreendimentos Inovadores aponta ainda uma série de vantagens desse mecanismo de apoio. Vale destacar:
- Empresas de pequeno porte incubadas têm maior taxa de sobrevivência no mercado.
- Geração de emprego e renda que contribui para o desenvolvimento regional.
- Profissionais mais bem preparados para os desafios de empreender.
- Interação mais forte entre empresas, instituições de ensino e governos.
- Retorno financeiro para os agentes que investem seus recursos.
- Estímulo à inovação e à criatividade.
Portanto, as incubadoras de empresas desempenham um importante papel não somente no desenvolvimento de negócios, mas também da sociedade.
Para saber mais sobre o universo de tecnologia e inovação em Santa Catarina, acesse o Tech SC e fique por dentro.