Uma das fases mais importantes ao criar uma startup é a da validação, também conhecida como seed. Nela, o empreendedor ou a empreendedora testa a solução no mercado para ver se a ideia de negócio funciona no mundo real. Mas, para isso, é preciso desenvolver um Produto Viável Mínimo (MVP).
Então, você sabe o que é MVP e como ele pode contribuir para o desenvolvimento da empresa?
Para resolver essa questão, vamos apresentar aqui o verdadeiro significado do Produto Viável Mínimo, os tipos de MVP e para que eles servem. Acompanhe a explicação!
O que é MVP? (E o que não é)
O conceito de MVP vem do inglês Minimum Viable Product, ou Produto Viável Mínimo, em português. O significado refere-se a um modelo de desenvolvimento em que os produtos são lançados em sua forma mais simples, mas ainda são satisfatoriamente utilizáveis.
Um bom MVP deve ser capaz de atender, em certa medida, à necessidade do público em relação à marca e também gerar insights para que esse produto possa ser melhorado.
Imagine que você tenha uma ideia para abrir uma franquia de alimentos. Então, monta um pequeno restaurante para testar a recepção dos consumidores. No entanto, se oferecer apenas pratos e copos no início, depois os talheres e, por último, a comida, aqueles primeiros clientes não perceberão valor no produto nem poderão dar um feedback útil para desenvolver seu negócio.
É por isso que o MVP precisa ter valor e utilidade suficientes para que o consumidor o compre, queira adquiri-lo novamente e possa gerar uma resposta à sua ideia. Ele deve ser um produto completo em sua proposta de ser simples. Caso contrário, não será um MVP.
No caso da franquia de alimentos, é possível começar com poucas opções muito bem feitas. A partir disso e do retorno dos clientes, são feitos alguns ajustes e novos itens podem entrar no cardápio.
Note que o conceito de MVP não está restrito ao ecossistema de startups, embora tenha surgido nesse meio. Como curiosidade, a ideia do Produto Viável Mínimo partiu de Frank Robinson, CEO da SyncDev Inc., e foi popularizada pelo livro “A Startup Enxuta”, de Eric Ries.
As maiores vantagens de desenvolver um MVP são a economia na criação do produto inicial, a maior agilidade para levá-lo ao mercado e a possibilidade de corrigir erros no percurso sem maiores prejuízos ao negócio.
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A importância do MVP para os empreendedores
O desenvolvimento do MVP só ocorre após a fase de ideação por um motivo simples. Antes de tudo, é preciso estudar o mercado, o público-alvo e o problema a ser resolvido para elaborar uma solução que de fato seja aplicada no dia a dia.
Então, com o Produto Viável Mínimo, você poderá responder a diferentes questões:
- Meu produto funciona como o esperado?
- Qual é o diferencial dele?
- O mercado está pronto para ele?
- O público tem interesse em comprá-lo?
- É o mesmo público que imaginava?
- Como os consumidores o avaliam?
- Que opções fazem falta para eles?
- Quais são as dificuldades de comunicar minha solução?
- Esse é um modelo de negócio rentável?
- Esse é um modelo de negócio escalável?
- Quais são os custos reais da operação?
- Quanto de investimento precisarei para o produto final?
Nessa fase, é importante controlar a ansiedade e o perfeccionismo. O MVP ainda estará longe da solução que talvez você tenha em mente, mas é um passo fundamental para aumentar suas chances de sucesso com o produto final.
A cada pequena melhoria e nova função incluída no produto, mais próximo do ideal ele ficará. E realizar esse processo aos poucos é uma forma mais eficiente de entregar o que o público realmente deseja, avaliando a recepção em detalhes e ajustando problemas pontuais, em vez de precisar recomeçar tudo do zero.
Desenvolver um MVP ainda aumenta as chances de obter investimentos, já que é mais seguro para os investidores colocarem dinheiro em uma ideia testada.
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Os tipos de Produto Viável Mínimo
Então, quer criar um MVP? Saiba que existem diferentes tipos de Produto Viável Mínimo. Dependendo da sua ideia de negócio, um ou outro tipo pode ser mais adequado.
- MVP Piecemeal: é um produto que funciona por meio de plataformas gratuitas já existentes. Exemplo: uma ferramenta de busca de imagens para campanhas de marketing baseada em bancos de imagens gratuitos.
- MVP Concierge: é um produto ou serviço executado todo por meio do esforço humano. Não requer nenhuma ferramenta avançada para funcionar. Exemplo: um clube de assinatura em que a pessoa recebe alimentos em casa, fazendo o pedido por WhatsApp.
- MVP Mágico de Oz: como o MVP Concierge, as tarefas internas são executadas manualmente, mas a solução já oferece alguma plataforma de interação com o consumidor. Exemplo: um clube de assinatura com pedidos feitos por uma landing page.
- MVP Funcional: é um produto que já conta com processos automatizados. Exemplo: uma plataforma de troca de veículos capaz de criar um “match” automático entre as preferências dos usuários.
- MVP Duplo: neste caso, são criados dois produtos para o mesmo objetivo. Cada versão é testada com um grupo específico de usuários. Então, aquela que tiver a melhor recepção é levada adiante.
- MVP Protótipo: é uma metodologia para testar produtos físicos e como os consumidores interagem com eles.
Gostou de saber mais sobre o significado de Produto Viável Mínimo e quais são as aplicações dele? Agora você também precisa conhecer um passo a passo do marketing digital para pequenas empresas.