Pela primeira vez em muito tempo, o Google está correndo atrás para não perder a hegemonia sobre a busca on-line.
A concorrência, no entanto, não vem diretamente de buscadores similares. Apesar de algumas alternativas desafiarem o domínio do Google regionalmente, como o Baidu na China, o Yandex na Rússia e o Naver na Coreia do Sul, o gigante do Vale do Silício domina o mercado global.
No mundo todo, 93,11% do mercado de busca on-line é dominado pelo Google, segundo dados do Statcounter GlobalStats. Enquanto isso, no Brasil, o número é ainda maior: 96,17%.
Então, de onde vem a ameaça ao buscador criado por Larry Page e Sergey Brin? Descubra a resposta a seguir e entenda por que sua marca deve ir além do Google na estratégia para mecanismos de busca (search engine marketing, ou SEM).
ChatGPT e o possível fim do Google
A cada segundo do dia, o Google processa cerca de 100 mil buscas on-line. O buscador tornou-se o favorito para essa tarefa por entender melhor que outras ferramentas a intenção do usuário.
No entanto, novas tecnologias prometem ir além na entrega e na relação com o público. O maior exemplo disso está na inteligência artificial por trás do ChatGPT, que pode ser usado tanto como buscador quanto na criação de textos.
Até mesmo o criador do Gmail, Paul Buchheit, avisou que a IA pode acabar com o Google dentro de dois anos. Isso pôs o próprio Google e outros grandes buscadores em alerta, criando uma corrida pelo desenvolvimento de tecnologias similares à capacidade conversacional do ChatGPT.
Contudo, vale ressaltar que inteligências artificiais que conversam não são novidade para os buscadores do Vale do Silício. O Google já trabalha há alguns anos com isso e até a utiliza de maneira limitada nos snippets da busca — aquelas informações em destaque no topo dos resultados. O problema é que nenhuma iniciativa anterior teve a adesão e o sucesso do ChatGPT.
Por isso, o lançamento do Google Bard, em março de 2023, é uma tentativa de garantir o futuro do motor de busca on-line.
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Buscas em marketplaces e outros sites de varejo
Uma pesquisa internacional da Wunderman Thompson mostrou que buscadores como Google, Bing e similares não são as ferramentas preferidas do consumidor para encontrar produtos on-line.
Na verdade, 63% dos consumidores conectados costumam iniciar as buscas na Amazon. Sites de varejistas representam 33% e outros marketplaces 25%, enquanto os buscadores convencionais ficam na casa dos 48%.
Some-se a isso o fato de que temos um e-commerce em crescimento e podemos perceber a importância do varejo eletrônico como ferramenta de busca. Inclusive, isso deu origem a uma nova oportunidade de marketing, chamada retail media. Mídia de varejo, em português.
Empresas do setor como Amazon, Magazine Luiza, Mercado Livre, OLX, Americanas, Carrefour, Via Varejo e tantas outras já contam com serviços exclusivos de publicidade em suas respectivas plataformas. Afinal, faz sentido anunciar onde o consumidor tem maior intenção de compra, não é verdade?
Não à toa, uma estimativa da Enext calculava, ainda em 2021, que o investimento em publicidade nos marketplaces do Brasil poderia chegar a R$ 2,6 bilhões agora em 2023. De acordo com o portal Statista, esse valor seria de 52 bilhões de dólares mundialmente. Nos Estados Unidos, por exemplo, 73% dos anunciantes pesquisados pela McKinsey têm planos de aumentar o investimento em retail media.
O dinheiro dos anunciantes acompanha a concentração do público. Isso representa um risco para o Google não só no domínio da busca on-line, mas igualmente na fonte de faturamento da empresa estadunidense.
Leia também: O que faz um e-commerce atrair o consumidor digital?
Jovens preferem fazer busca on-line nas redes sociais ao Google
Outro foco da disputa pela busca na internet está nas redes sociais. De acordo com um levantamento da Capterra, especialmente os consumidores mais jovens têm trocado o Google por pesquisas no Instagram, no Facebook ou no TikTok, por exemplo.
O estudo apontou que 37% dos entrevistados da geração Z, aqueles nascidos entre 1996 e 2016, já preferem as buscas nas redes sociais.
Por sinal, você sabia que as redes atraem mais visitantes para alguns segmentos do e-commerce que os buscadores como o Google? Isso é o que revelam os dados da Webshoppers, pesquisa realizada pela NielsenIQ Ebit.
As categorias de alimentos e bebidas, produtos para bebês, moda, perfumaria e cosméticos são alguns desses casos em que as redes sociais mostram-se mais eficientes. Por outro lado, para aqueles segmentos com produtos de maior valor e que precisam de buscas mais detalhadas, os buscadores continuam sendo o caminho favorito do consumidor.
Tudo isso mostra como é importante ter uma estratégia diversificada para posicionar sua marca na internet. Então, quer conhecer uma superdica de SEO? Saiba agora como a NSC pode melhorar seu posicionamento nas buscas on-line.