TV aberta: conteúdo que move o Brasil

10/02/2021

Comunicação

TV aberta: conteúdo que move o Brasil

Quando se pensa em conteúdo acessível, democrático e que engaja, é preciso olhar além das redes sociais. Ou, melhor, é necessário compreender o que as move.

No Brasil, a TV aberta se reinventou e está bem viva. Hoje, o que se vê na televisão pauta as conversas do dia a dia, agita redes como Facebook e Twitter, faz ganhar ou perder seguidores no Instagram.

Mais do que isso, a TV aberta move negócios. A visibilidade na televisão é capaz de gerar tráfego, leads e vendas para as marcas.

Confira a seguir alguns dados que comprovam esse poder da programação da TV.

Uma nova era da TV aberta

A história da televisão no Brasil começou em 1950. De lá para cá, muito mudou, mas talvez a principal mudança tenha sido no comportamento do público com acesso à internet.

O telespectador reage em tempo real ao que vê na programação da TV. Essa reação não é só no sentido de comentar, sendo ao mesmo tempo consumidor e produtor de conteúdo, como também de buscar mais informações e acelerar a jornada de compra.

— A televisão tal como a conhecíamos, aquela que chegou ao Brasil há 70 anos e ganhou lugar de destaque na sala de casa, não é mais sinônimo de meio de distribuição. É a união do conteúdo de qualidade com a tecnologia para oferecer a melhor experiência — declara Paulo Marinho, diretor executivo de Canais Globo, à InfoMoney.  

A internet não pôs fim à TV aberta. Na verdade, deu mais poder à televisão e a quem anuncia nela.

Veja o exemplo do McDonald’s após patrocinar uma das provas do Big Brother Brasil 21 — entre tantos casos de engajamento com a marca no programa. A ação, que ocorreu na noite entre 4 e 5 de fevereiro, aumentou a busca pelo patrocinador no Google como não se via há muitos dias.

Além disso, a visibilidade na TV mudou o próprio padrão de busca do público pelo McDonald’s. Nas semanas anteriores, os picos de interesse se davam aos domingos (dias 17, 24 e 31 de janeiro). Mas a televisão mudou isso, antecipando a procura entre quinta e sexta.

A TV não é uma tela, ela é várias. Cada vez mais, devemos pensar na televisão como um conteúdo que transborda para outros meios. E é nesses novos meios que ela encontrou uma força renovada, estreitando os laços entre telespectadores e produtores, consumidores e anunciantes.

— Para um público e um mercado que mudaram, temos uma televisão que não é mais a mesma. É cada vez melhor — comenta Marinho.

Leia também: Programas de entretenimento são oportunidade na NSC TV

Pico de buscas por “McDonald’s” no Google durante exibição no BBB 21. (Google Trends)

Programas de TV entre os assuntos mais comentados

O resultado imediato da presença do McDonald’s no BBB não se deve apenas à grande audiência do reality show. E o que não falta é justamente pessoas assistindo ao programa. A estreia do BBB 21 alcançou 43,7 milhões de brasileiros apenas na TV Globo, sem contar outro 1,1 milhão de telespectadores no canal Multishow.

O impacto se dá sobretudo pelo transbordamento da televisão para a internet, como comentamos acima. O público da TV está conectado e isso é ótimo para que o conteúdo e as marcas presentes na programação cheguem a mais pessoas.

Dados da Kantar IBOPE Media revelam que, em 2020, a TV aberta no Brasil gerou mais de 90% dos posts sobre conteúdo em vídeo no Twitter. Ela foi responsável por 335 milhões de tuítes, muito acima dos 14 milhões da TV paga e dos 13 milhões de serviços de vídeo sob demanda.

O BBB 20 esteve no topo dos programas mais comentados no País. Ao todo, sete atrações da Globo ocupam as dez primeiras posições do ranking.

Essa é outra prova de que o telespectador da Globo e da NSC TV não é passivo nessa atividade. Ele responde imediatamente ao que vê na televisão e impulsiona o conteúdo entre sua rede pessoal.

Leia também: O impacto da TV no engajamento das redes sociais

Televisão encurta a jornada de compra

A TV aberta também está se movimentando para estimular essa resposta imediata da audiência, em especial a Globo, à qual a NSC TV é afiliada em Santa Catarina.

As emissoras já entenderam que o papel da TV para os anunciantes não se restringe a um espaço de mídia, mas compreende uma solução completa em comunicação e vendas. É nesse sentido que estão sendo empregadas algumas tecnologias para encurtar a jornada de compra a partir da televisão.

Uma dessas tecnologias é o t-commerce, ou comércio pela televisão. Por meio da interatividade dos novos aparelhos de TV inteligentes, é possível transformar qualquer programa em vitrine e loja ao mesmo tempo. Na prática, o telespectador pode consultar mais informações sobre um objeto visto ao longo da programação ou sobre uma oferta do intervalo, vendo-as sem interrupção na própria tela, e já iniciar a compra por ali.

Outra ferramenta útil é o QR Code, que não requer um aparelho de TV especial. Basta que o consumidor aponte a câmera do celular para o código exibido em tela para visitar a página do anunciante.

— Rápidos avanços que se viabilizaram durante a pandemia chegaram para ficar. Todos eles para melhorar a experiência do consumidor, que está no centro de tudo — complementa o diretor executivo de Canais Globo.

Assim, colocando o consumidor no centro, a TV se fortalece, impulsionando também quem está presente nela.

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