O mercado imobiliário, assim como o setor automotivo e a indústria da moda, foi bastante afetado pela pandemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus.
O presente cenário coloca um freio à expectativa de crescimento na casa dos 3% para o mercado de imóveis em 2020. Mesmo com a cadeia de construção civil em atividade em Santa Catarina, o clima de incerteza financeira abala a confiança de compra do consumidor. Investidores também são obrigados a rever a carteira de ativos diante dessa situação.
Veja, então, quais são as expectativas para o mercado imobiliário e como ele pode reagir no curto, médio e longo prazo.
Perspectivas do mercado imobiliário diante da pandemia
O mercado imobiliário vinha em um movimento de recuperação ainda da última crise político-econômica no Brasil, que teve o ponto mais baixo em 2016. No ano passado, o produto interno bruto (PIB) da construção civil atingiu a primeira alta desde 2014, com um aumento de 0,3%, segundo o IBGE.
Com o avanço da Covid-19 no País, a busca por compra, venda e aluguel de imóveis teve uma queda brusca de desempenho. O mesmo efeito já havia sido visto em outros lugares impactados pela pandemia, como a China e os mercados europeus.
A perspectiva deixa, portanto, de ser de retomada e deve focar na retenção de clientes e manutenção nos negócios. É preciso reajustar as metas de crescimento, deixando-as para 2021. Isso porque, segundo uma pesquisa do Grupo Zap, 86% dos consumidores acreditam que levarão mais tempo para adquirir ou alugar um imóvel por causa do novo coronavírus.
Uma amostra de 1.516 entrevistados ainda detalhou a intenção de adiar a compra de imóveis nos seguintes prazos:
- 36% vão adiar a compra em até seis meses
- 36% vão adiar entre sete meses e um ano
- 28% vão adiar a compra mais de um ano
Mas ainda é possível vender em meio à crise, como demonstram dados da Brain Inteligência Estratégica. Fábio Tadeu Araújo, sócio-dirigente da firma de inteligência, pesquisa e consultoria, revela que cerca de 35% das empresas do setor realizaram vendas durante a pandemia.
Nesse sentido, o Grupo Zap destaca que “mesmo com os fortes impactos esperados nos volumes de transação, acreditamos que os efeitos específicos sobre o mercado imobiliário sejam relativamente menores do que em muitos outros setores”. A taxa Selic em baixa e as medidas de incentivo do Governo, em especial as linhas de financiamento, baseiam essa expectativa.
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Como reagir no curto e médio prazo?
A primeira medida a tomar, neste cenário de pandemia, é garantir a segurança dos próprios colaboradores. Manter equipes administrativas em home office e adotar as medidas recomendadas pelos órgãos de saúde nos canteiros de obras é fundamental para evitar a propagação do vírus. Isso também reduzirá a necessidade de afastamentos por contaminação.
Como o momento é de retenção e manutenção, é preciso ser flexível nos pagamentos. Em aluguéis de imóveis mais afetados pela pandemia, como bares e academias, amenização das contas será bem-vinda para os clientes. Em financiamentos de compra, é interessante adiar as parcelas destes meses para o fim do contrato, no caso de pedido de negociação, a fim de evitar distratos.
Com relação a marketing e vendas, os argumentos utilizados nas campanhas de comunicação podem ser revistos para melhorar a contextualização ao instante presente. Proximidade de comércio e serviços, especialmente os essenciais, têm maior apelo em meio à pandemia. Áreas de lazer interna tornam-se igualmente indispensáveis.
Investir em produção de conteúdo, tirando as dúvidas do consumidor a respeito das possibilidades de financiamento e apresentando novos conceitos no setor, como os investimentos coletivos que atraem mesmo na crise, será outro pilar da comunicação.
Na hora de vender, soluções tecnológicas devem ser adotadas rapidamente pelas empresas do mercado de imóveis. Vídeos, tours virtuais e simuladores de ambientes são ferramentas que ajudam a aproximar o consumidor do imóvel, sem precisar ir até lá presencialmente. Mas é necessário que os corretores estejam treinados nessas ferramentas, para usá-las a seu favor e reduzir ao máximo as interações físicas.
Já no caso de shopping centers, se o impacto negativo persistir, do curto ao médio prazo eles podem assumir novos propósitos, como depósitos ou centros de distribuição no meio das cidades. Da mesma forma que a rede de hotéis Ibis está transformando quartos e áreas comuns em escritórios para compensar a baixa do turismo, o mercado imobiliário deverá repensar os espaços subutilizados durante a pandemia.
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Como reagir no longo prazo?
Essa situação vai passar e o mercado de imóveis voltará a crescer, mas algumas tendências devem permanecer no mundo pós-Covid-19.
Um desses movimentos é o do cocooning, ou encasulamento. Muitas pessoas já buscavam se refugiar em seus lares para fugir da violência urbana e do estresse do tráfego. Apartamentos com espaço gourmet e outras comodidades internas viraram, então, diferenciais dos empreendimentos.
Essa tendência, aliada a uma descoberta em maior escala dos benefícios do home office, tem tudo para se difundir no futuro. Poderemos ver uma procura por escritórios menores e residências maiores, com prédios e condomínios autossuficientes e multiuso (trazendo o comércio para valorizar bairros residenciais). Inclusive, poderão surgir novas apostas de diferenciais, como áreas de coworking, ou espaço compartilhado de trabalho, para os moradores.
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