Enquanto nos Estados Unidos a variante Ômicron faz os alunos retornarem para casa, no Brasil ainda há tempo para se planejar a volta às aulas com segurança. Em Santa Catarina, a rede estadual de ensino retoma as atividades em classe no dia 7 de fevereiro. Já nas universidades, a exemplo da UFSC e da Udesc, as aulas de graduação começam nos dias 18 de abril e 28 de março, respectivamente.
O ensino no Brasil foi bastante prejudicado até aqui pela pandemia causada pelo novo coronavírus. Segundo a pesquisa “Resposta Educacional à Pandemia de Covid-19 no Brasil”, cerca de metade (47%) das escolas públicas não conseguiram cumprir o calendário original de aulas. Já nas escolas particulares esse percentual é de 30%.
Mas em 2022 há um grande diferencial: para janeiro deste ano está previsto o início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. Isso torna o ambiente para a volta às aulas mais seguro e aumenta a expectativa para a compra de materiais escolares, tão importante para o comércio nesta época do ano. Saiba mais adiante.
A compra de material escolar em 2022
Com o retorno das aulas presenciais, lojistas de todo o país esperam um aumento na venda de material escolar em 2022.
Na comparação entre 2020 e 2021, apesar do aumento de 22% no faturamento das vendas para a ocasião, o comércio catarinense apresentou alguns recuos. De acordo com a Fecomércio SC, o ticket médio caiu 14,6% de um ano para o outro, enquanto 52,6% dos comerciantes declararam haver um baixo movimento de pesquisa de preços para a volta às aulas em 2021.
No País, segundo a Euromonitor International, a venda de material escolar somava R$ 17,4 milhões em 2019. Esse número caiu para R$ 14,2 milhões em 2020 e teve ligeira melhora em 2021, chegando aos R$ 15,3 milhões. Agora em 2022 a projeção é de um resultado na casa de R$ 16,5 milhões, superando o patamar pré-pandemia apenas em 2023, com R$ 17,8 milhões previstos em vendas.
Entretanto, a expectativa para 2022 ainda deve ser cautelosa. Isso porque a intenção de compra dos catarinenses foi afetada pelo cenário de alta generalizada dos preços.
Em todo o Brasil, os materiais escolares podem ficar até 30% mais caros neste ano, é o que indica a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE). Pesam nesse aumento principalmente os maiores custos de matérias-primas, como papel, papelão e plástico, assim como a alta do dólar e a inflação no País, que eleva também custos com fretes, por exemplo.
— Acreditamos que a retomada das aulas presenciais na maioria dos locais no final de 2021 movimentou o setor, mas sem atingir os patamares pré-pandemia. Nosso mercado foi um dos mais atingido durante a pandemia, com escolas e comércio fechados, com uma queda no varejo de papelaria superior a 37%. Apesar de existir uma boa expectativa com o retorno das aulas presenciais em 2022, os comerciantes do setor de papelaria estão cautelosos — afirma à Agência Brasil o presidente executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi.
É preciso destacar também que 88,4% dos consumidores catarinenses buscam formas de contornar os reflexos da inflação, de acordo com a Fecomércio SC. Não à toa, os fatores “preço, promoções e descontos” e “condições de pagamento” aparecem no topo dos critérios para escolha de lojas, produtos ou marcas em Santa Catarina, como revela a pesquisa Raio X do Catarinense.
Leia também: Raio X do Catarinense analisa a intenção de compra em SC
Perfis para anunciar na volta às aulas
Se o consumidor está pesquisando preços para a volta às aulas em 2022, é importante saber como se conectar com ele. Nesse sentido, um relatório da Globo sobre o assunto traz dados de dois perfis de interesse dos lojistas: pais com filhos em idade escolar e os próprios estudantes (ensino médio, graduação, pós e demais cursos).
Em ambos os perfis, anunciar na televisão torna-se essencial para fomentar as vendas neste momento, já que são intimamente ligados ao conteúdo da TV. Olhando no detalhe, podemos comprar essa afirmação em números.
Entre os pais com filhos em idade escolar:
- 78% deles consomem conteúdos da Globo, à qual a NSC TV é afiliada.
- 67% gostam de relaxar assistindo à televisão.
- 62% pensam que as marcas conhecidas são melhores.
- 61% acham que a propaganda na TV é interessante e proporciona conversas.
- 58% confiam na televisão para se manterem informados.
Além disso, a audiência dos filhos também é importante para os anunciantes, uma vez que 73% desse pais recebem influência dos filhos nas compras de casa.
No caso dos próprios estudantes a situação não é muito diferente:
- 81% deles consomem conteúdos da Globo semanalmente.
- 61% gostam de relaxar assistindo à televisão.
- 52% confiam na televisão para se manterem informados.
Ou seja, a televisão, enquanto meio de informação e entretenimento, estabelece uma ponte entre os lojistas de material escolar e o consumidor na sua busca de preços.
Veja mais dados sobre o tema no material de Volta às Aulas para baixar gratuitamente aqui no portal.