Grandes fusões e aquisições, faturamento na casa de bilhões e domínio no e-commerce: essa tem sido a realidade das lojas de departamento no Brasil.
Entretanto, por trás dos números expressivos, está o propósito de se conectar de formas mais próximas e mais variadas com o consumidor. Afinal, a concorrência nas vendas é mais acirrada a cada ano.
Para aprofundarmos o entendimento sobre esse mercado bilionário, destacamos a seguir quatro tópicos essenciais sobre o tema. Acompanhe!
Lojas de departamento se reposicionam no mercado
Esse tem sido um período bastante agitado para as grandes lojas de departamento no Brasil, aquelas que vendem produtos dos mais variados segmentos.
Elas vêm testando novos modelos de negócio e abrindo novos pontos de contato com o consumidor. Além disso, as gigantes do ramo estão expandindo por meio de aquisições estratégicas.
Um bom exemplo é o Magalu. Nos últimos anos, a rede varejista tem diversificado sua operação com as compras de Netshoes, KaBuM!, Estante Virtual, aiqfome, Hubsales, Steal The Look, entre outros negócios em várias áreas. Nesse sentido, a KPMG prevê que a tendência de aquisições e fusões no varejo brasileiro deve continuar em alta em 2022. O objetivo é claro: conquistar novos nichos e territórios.
Para as pequenas lojas virtuais, isso implica a necessidade cada vez maior de criar diferenciais do negócio, como a superespecialização dos produtos e serviços excepcionais.
A competição pelo preço é muito mais difícil, revela uma pesquisa da Kantar IBOPE Media em Santa Catarina. Entre os catarinenses que compraram em lojas de departamento, 73% consideram o preço nelas como um dos fatores mais decisivos na decisão de compra.
Leia também: Como melhorar a experiência do cliente em 2022?
Liderança de vendas no e-commerce brasileiro
As lojas de departamento dominam as vendas no varejo on-line. No primeiro semestre de 2021, elas registraram 76% do faturamento total no comércio virtual brasileiro, segundo dados da Ebit | Nielsen.
Isso é um feito ainda mais relevante se considerarmos que o faturamento do e-commerce nacional foi de R$ 53 bilhões nesse período. Outro dado interessante é que o faturamento dessas lojas no meio digital cresceu 37% entre os primeiros seis meses de 2020 e o mesmo período de 2021.
Para completar, essa predominância é cada vez mais ampla. Como comparação, no primeiro semestre de 2020 as lojas de departamento representavam 73% do faturamento do varejo online.
Mas isso não quer dizer que a situação seja confortável. As empresas do ramo estão em constante movimento para conquistar a preferência do consumidor, buscando adequar-se ao comportamento e à intenção de compra.
Leia também: A porcentagem das vendas on-line no varejo por segmento
Omnichannel é o caminho para as lojas de departamento continuarem crescendo
Mesmo com essa força no e-commerce, as lojas de departamento sabem que o caminho para conquistar o consumidor é omnichannel. É on e off.
Nesse sentido, a pesquisa “O futuro do varejo 2021”, realizada pela MindMiners, procurou identificar o que o público busca na loja física e na loja virtual. É ponderando esses fatores que se formam as decisões de compra.
Vantagens da loja física:
- ver os produtos ao vivo e poder prová-los;
- retirada imediata dos produtos;
- tirar dúvidas com atendentes;
- comprar por lazer.
Vantagens da loja virtual:
- não precisar sair de casa;
- comparação de preços e lojas;
- diversidade de produtos;
- maiores descontos e promoções.
Portanto, diante da multiplicidade de jornadas de compra do consumidor moderno, a fórmula do sucesso nas vendas inclui a integração das lojas físicas e virtuais, combinando as forças de ambas.
Leia também: Omnichannel acelera as lojas físicas por meio do digital
Fatores decisivos na jornada de compra no varejo
Como destacado anteriormente, os preços são o fator mais importante para o consumidor catarinense na experiência de compra omnichannel. Na outra ponta, a experiência prévia com a marca é o fator menos decisivo na escolha. Isso significa que há um grande espaço para a descoberta de novas lojas pelo público.
Fatores decisivos na compra:
- Preço: 73%
- Atendimento: 55%
- Variedade de marcas: 48%
- Ofertas especiais: 46%
- Localização: 32%
- Variedade de produtos: 32%
- Formas de pagamento aceitas: 30%
- Experiência anterior: 22%
Também chama atenção nesses dados da Kantar IBOPE Media o fato de que as formas de pagamento não são reconhecidas como um ponto forte das lojas de departamento. Aí está outra oportunidade para os pequenos comércios virtuais, ao oferecer meios mais alinhados com os interesses do consumidor.
Saiba mais sobre o mercado de lojas de departamento
Na aba de Pesquisas, aqui no Negócios SC, você encontra um material exclusivo sobre o tema. Nele também estão dados referentes à intenção de compra do consumidor catarinense e uma amostra dos perfis de comprador no varejo.
Então, quer saber mais? Baixe o estudo de Insights sobre lojas de departamento.