Há uma explosão gamer em curso no Brasil e no resto do mundo. De acordo com o relatório “The Global Games Market 2022”, da Newzoo, até 2025 serão 3,6 bilhões de jogadores por todo o planeta.

O mercado gamer gerou 184,4 bilhões de dólares em vendas em 2022. No futuro próximo, em 2025, ele deve movimentar 211,2 bilhões de dólares anuais.

Mas se engana quem pensa que esse mercado envolve apenas um PC gamer avançado. Segundo a Newzoo, 50% da receita vem dos jogos para dispositivos móveis. E pesquisas mostram que o perfil dos gamers no Brasil abrange as mais diferentes classes socioeconômicas.

É por causa dessa democratização dos jogos que as marcas precisam ficar atentas ao setor. Então, o que você precisa saber sobre o mercado gamer? Descubra a seguir!

O que é o mercado gamer?

Enquanto algumas marcas já estão proporcionando experiências imersivas por meio da realidade virtual e do metaverso, ainda tem muita gente pesquisando “o que é gamer?”.

O mercado gamer, ou mercado de games, refere-se ao consumo de jogos eletrônicos. Entram aí a aquisição de cópias físicas e digitais dos jogos, compras dentro desses jogos (chamadas compras in-game) e também a assinatura de serviços relacionados, como Xbox Game Pass, Playstation Plus, entre outros. Portanto, não entram na conta os dispositivos e acessórios usados para jogar.

Já a palavra gamer significa qualquer pessoa que aproveite jogos eletrônicos. Isso abrange tanto o jogador casual no celular quanto os usuários que investem alguns milhares de reais em um PC gamer de ponta.

Mais do que um mercado comercial, há toda uma cultura gamer associada a esse comportamento. Plataformas de jogos viraram palco de shows, debates e outros eventos. Redes como Twitch construíram comunidades em torno de streamers, pessoas que ficam transmitindo jogos ao vivo. Os e-sports (esportes digitais) já têm uma audiência de mais de 530 milhões de espectadores. E, não à toa, uma das séries mais faladas de 2023 é baseada no jogo The Last of Us.

O mercado de games consolidou-se como um importante canal de mídia, em que bilhões de pessoas estão, muitas delas passando ali horas por dia. Desse modo, as grandes marcas que quiserem manter-se relevantes precisarão entender de jogos tanto quanto analisam redes sociais ou a televisão para suas estratégias de comunicação.

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Mais da metade do público gamer no Brasil é composto por mulheres. (Foto via Freepik)

Qual é o tamanho do mercado de games no Brasil?

O Brasil hoje ocupa o quinto lugar entre os maiores mercados de games no mundo, em relação à quantidade de jogadores, como aponta a Newzoo. São 101 milhões de jogadores no País. Isso representa quase um terço de toda a população gamer na América Latina, com 316 milhões de pessoas.

Já na movimentação financeira, o Brasil é o décimo maior mercado gamer, gerando cerca de 2,7 bilhões de dólares em vendas anuais.

Em meio a esse cenário, a consultoria PwC informa que os e-sports têm o maior crescimento dentro do mercado brasileiro de jogos. O valor movimentado deve saltar dos 5,4 milhões de dólares gerados em 2021 para mais de 15 milhões de dólares até 2026.

Enquanto isso, a Pesquisa Game Brasil 2022 revela como o consumo tem se difundido entre os mais diferentes perfis de usuários. Começando pela distribuição por gênero, o interesse por jogos alcança quase que igualmente mulheres (51% do público total) e homens (49%).

Embora os jogadores mais jovens sejam de fato a maioria, com 56,8% deles até 29 anos, no Brasil há gamers de todas as idades. Por exemplo, a faixa etária acima de 40 anos responde por 19% do público interessado por jogos.

Ainda podemos dizer que o mercado gamer engloba variadas classes socioeconômicas:

• 13,5% estão na A;
• 36,4% estão na B;
• 38,6% estão na C;
• 11,6% estão na D e E.

Nesse sentido, os jogadores de maior poder aquisitivo estão mais associados aos consoles e computadores. Já os smartphones têm sido responsáveis por facilitar o ingresso de mais consumidores das classes C, D e E no mercado de games.

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Por que o mercado gamer é importante para as marcas?

Como antecipamos acima, o mercado gamer é importante para as marcas porque se tornou uma mídia superpopular entre os consumidores. A Dentsu acrescenta nesse sentido que 87% dos usuários de internet consumiram jogos digitais em 2020. Isso oferece uma grande visibilidade para os negócios.

Outro bom motivo para investir no mundo dos jogos eletrônicos é o fortalecimento da marca dentro dessa comunidade. Seja apoiando streamers, seja investindo em e-sports, a associação com os games pode gerar uma forte identificação com esse consumidor. No entanto, a Dentsu aponta que isso deve ser feito de modo consistente para se conquistar a credibilidade do meio.

Ainda podemos acrescentar a possibilidade de oferecer experiências imersivas ao público no ambiente digital. Por exemplo, a Byredo contornou a dificuldade de expressar aromas no meio virtual ao interpretar perfumes como auras que podem ser usadas no metaverso, representando uma gama de emoções.

Para completar, uma ótima razão para entrar no mercado gamer é a receita que pode ser gerada nele. A Newzoo ressalta que 43% dos gamers no Brasil têm o hábito de fazer compras dentro dos jogos. E 35% dos jogadores no mundo gastam para personalizar personagens ou objetos virtuais.

Isso quer dizer que há toda uma economia de produtos virtuais que podem ser comercializados nos jogos. Quem sabe também da sua marca.

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