Renda familiar impacta mercado de vestuário e acessórios

05/12/2022

Vendas

Renda familiar impacta mercado de vestuário e acessórios

O ano de 2022 trouxe muitos desafios para os empresários de vestuário e acessórios. De acordo com a Nota Econômica n. 25, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no terceiro trimestre as principais dificuldades do segmento foram a falta ou o alto custo de matérias-primas (31,8%), as taxas de juros elevadas (27,1%) e a falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados (17,8%).

Sob a perspectiva do consumidor, esse mercado ainda sentiu o impacto da queda no poder de consumo causada pela inflação. Como consequência da elevação dos preços, uma pesquisa da Behup para a Globo apontou que 67% dos brasileiros chegaram a reduzir gastos com roupas e calçados ao longo do ano.

Mesmo assim, o mercado de vestuários e acessórios pode fechar 2022 com altas no volume de vendas e na receita, segundo o IBGE. Saiba mais detalhes do segmento a seguir, com dados de um novo estudo do Negócios SC.

Cenário econômico no mercado de vestuário e acessórios

No terceiro trimestre de 2022, a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, registrou sucessivas quedas no volume de vendas das atividades de tecidos, vestuário e calçados. Em julho, o resultado foi de -16,9% na comparação com o mesmo mês de 2021. Em agosto, -5,5%. E, em setembro, -9,5%.

Contudo, no acumulado de 12 meses até setembro, o desempenho do segmento ainda é positivo. O saldo do volume de vendas ficou em 3,5%. Já as receitas tiveram alta de 17,1% nesse período.

Para entender esses resultados do mercado de vestuário e acessórios, é preciso analisar o aspecto da renda familiar dos brasileiros. De acordo com a PNAD Contínua, também do IBGE, a renda média no Brasil hoje se encontra em um patamar menor que no pré-pandemia. No terceiro trimestre de 2022, o valor está em R$ 2.652, abaixo dos R$ 2.700 vistos no terceiro trimestre de 2019.

Ainda assim, o valor atual é uma evolução diante dos R$ 2.563 registrados no segundo semestre deste ano.

Outro fator que influencia o poder de compra é a inflação. Nesse sentido, vale lembrar que o Brasil teve entre setembro de 2021 e julho de 2022 uma inflação acumulada em 12 meses acima dos 10%. Em abril deste ano, o índice chegou a 12,13%, e só baixou dos dois dígitos em agosto.

Com isso, o País teve em outubro 79,2% de famílias endividadas, 30,3% com dívidas em atraso e 10,6% sem condições de pagá-las, como revela a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Tal cenário leva a uma redução nos gastos não essenciais das famílias, entre eles roupas e acessórios, como ressalta a análise feita no Estudo de Mercado sobre o Segmento de Vestuários e Acessórios, do Negócios SC. Mas há bons motivos para esperar uma conjuntura favorável às vendas em 2023.

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Crescimento acumulado em 12 meses é de 3,5% no segmento. (Foto via Freepik)

Perspectivas para o varejo de moda e acessórios em 2023

Ainda em relação à economia brasileira, é possível esperar bons ventos soprando no mercado de vestuário e acessórios em 2023.

A começar pelo Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central do Brasil, que aponta uma previsão de inflação de 5,02% em 2023. O índice seria menor que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 6,47% nos 12 meses até outubro de 2022.

Nesse sentido, os juros também devem cair. A Selic, que hoje está em 13,75%, tem a estimativa de baixar para 11,5% em 2023.

A manutenção dos auxílios é outra boa notícia para o varejo de moda e acessórios no Brasil. Essa renda ajuda a evitar maiores endividamentos e a comprar os itens básicos nos domicílios. Desse modo, pode sobrar mais para os gastos com outros bens.

Outro ponto positivo que está nos planos do novo Governo é a renegociação das dívidas. Esse é um passo importante para recuperar o poder de consumo das famílias.

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O perfil do público consumidor em vestuário e acessórios

O novo estudo do Negócios SC traz ainda dados sobre o perfil de quem consome produtos desse mercado em Santa Catarina.

Só na Grande Florianópolis, de acordo com informações da Kantar IBOPE Media, 55% desse grupo é composto por mulheres e quase dois terços têm até 44 anos. A classe socioeconômica predominante é a B, com 46% do público, seguida por C (32%), A (18%) e D e E (3%).

Perfil do público de vestuário e acessórios por idade:

Outro dado interessante para as marcas é que, em apenas 30 dias, os veículos da NSC conversam com 82% dos consumidores do segmento. Portanto, anunciar na NSC coloca seu negócio diretamente na frente do público-alvo.

Essa é uma boa hora para fazer uma simulação de campanha com a NSC e impulsionar suas vendas. Aproveite também para baixar o Estudo de Mercado sobre o Segmento de Vestuários e Acessórios e ver mais informações sobre o tema.

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