As vendas em shoppings enfrentam dois grandes desafios. Um, presente, por causa do novo coronavírus. Outro, futuro, em decorrência de uma transformação gradual no comportamento do consumidor.
Então, como os shoppings estão se preparando e se adaptando para essa nova realidade? Descubra as respostas adiante.
O impacto do coronavírus nas vendas em shoppings
Durante a pandemia de Covid-19, os shopping centers estão enfrentando dificuldades desde fechamentos temporários até a queda na movimentação quando abertos. Mas é preciso direcionar a energia para os pontos certos e poder reinventar esse modelo de uma maneira eficiente.
Primeiro, deve-se entender que apenas abrir as portas pode não atender às necessidades dos consumidores neste momento. Parte da população ainda evitará aglomerações por um bom tempo, preferindo as compras pela internet.
Com isso, logo após a reabertura de shoppings, viu-se uma queda de 80% no movimento. No decorrer dos meses, apesar da ligeira melhora na movimentação, foi acumulado entre 2 de março e 14 de junho de 2020 uma queda de 68,7% nas vendas em shoppings, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
Nesse contexto, simplesmente voltar ao modelo antigo parece não ser uma solução. Em alguns casos, os lojistas têm menos prejuízos mantendo a loja fechada ou com horário de funcionamento reduzido no médio prazo do que retornando ao padrão pré-pandemia.
Agora, para aqueles consumidores que desejam fazer compras em shoppings como de costume, eles podem ficar tranquilos de que esses estabelecimentos estão sendo até bastante criativos para trazer mais segurança ao público.
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Como os centros comerciais estão se adaptando
No curto e médio prazo, a preocupação com a higienização dos ambientes, a segurança dos consumidores e o controle de aglomerações será fundamental para recuperar as vendas em shoppings.
Isso levou à adoção de algumas medidas, como:
- limpeza mais frequente dos espaços;
- preferência por circulação de ar natural;
- check-in na entrada de visitantes;
- número limitado de clientes;
- lojas de vestuário sem provador;
- horários diferenciados de atendimento.
Vimos também algumas iniciativas mais ousadas dos shoppings:
- criação de mais espaços ao ar livre, com áreas verdes, luz natural e maior distanciamento;
- ações de drive-in para sessões de cinema e até mesmo compras, com os veículos circulando dentro dos centros comerciais.
Mas ainda é preciso considerar o público que opta pelo encasulamento em casa. Nesse sentido, as próprias administradoras de shoppings perceberam que o investimento por enquanto não deve ser focado em expansão ou em novas unidades, e sim em novos canais digitais.
Essa nova postura comercial muda até mesmo a relação com os lojistas, como declara Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&MALLS, no Mercado & Consumo:
— O valor gerado pelo shopping para seus inquilinos não estaria mais restrito ao potencial de vendas da loja física, mas também relacionado com a quantidade de clientes e oportunidades de negócios geradas para as marcas varejistas, tanto online quanto offline.
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A evolução digital foi acelerada pela pandemia
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas em shoppings passa pelo digital.
Os centros comerciais perceberam de vez a necessidade de modernizar o atendimento ao público, valendo-se desde canais como WhatsApp e outros aplicativos até lojas virtuais e serviços de entrega ou retirada de produtos. Inclusive, muitos negócios estão em uma corrida para ter plataformas de vendas on-line até a Black Friday, conhecida por ser uma das datas mais importantes do calendário comercial no Brasil.
Para ajudar as vendas em shoppings a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a solução NSC Shopping. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo de cada shopping center.
Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até 100 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas quiser. O site é otimizado também para a navegação mobile e fica pronto em apenas 10 dias.
Saiba mais: Lojas de shopping: como recuperar as vendas?
Projetando o futuro dos shopping centers
Agora, saindo da questão do novo coronavírus, existe outra razão para a queda do movimento em shoppings e para a necessidade de adotar a venda on-line daqui para a frente: a mudança no comportamento do consumidor.
A menor movimentação em shoppings já era um fenômeno perceptível em diversos países, levando a uma transformação no setor que vai muito além da pandemia. No Canadá, segundo a Deloitte, entre 2018 e 2019, os dez maiores shoppings registraram uma baixa de 22% na circulação de clientes. Já nos Estados Unidos, de acordo com uma previsão do banco Credit Suisse, entre 20% e 25% dos shoppings devem fechar até 2022. Essa estimativa foi feita ainda em 2017, portanto antes da Covid-19.
Em certa medida, isso também é visto no Brasil. Em janeiro e fevereiro de 2020, o Índice de Performance do Varejo (IPV) apontava um menor fluxo de clientes em shoppings. No entanto, o shopping em si não deixou de ser um bom negócio, ele apenas se tornou um negócio diferente. Em 2019, o faturamento dos 577 shoppings associados à Abrasce foi de R$ 193 bilhões, ou 7,9% a mais em relação ao ano anterior.
O que se vê é uma adaptação do shopping. Em vez de oferecer mais lojas ou atender um número maior de visitantes, eles começam a focar em um atendimento mais qualificado. Eles se transformam, por essa perspectiva, em centros de experiências e serviços.
No longo prazo, poderemos ver os shoppings mais como espaços de uso misto, com escritórios e áreas de lazer e exercícios integrados a lojas que funcionam como experiência complementar ao digital. Ou seja, menos centros de compras e mais centros de vivências.
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