A Serra Catarinense é uma das 14 regiões turísticas de Santa Catarina, abrangendo municípios como Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Lages, São Joaquim e Urubici.
Com atividades o ano inteiro, é no inverno que o turismo da região serrana se destaca, atraindo turistas de outras partes do Estado e do Brasil em busca de neve, belezas naturais, vinhos e queijos coloniais. Durante a época mais fria do ano também acontecem importantes eventos por ali, como a Festa do Pinhão, em Lages. Em 2023, por exemplo, foram aguardados 20 mil visitantes por dia na festividade.
Para analisar melhor quem é esse turista da Serra Catarinense e o impacto do movimento nos negócios, a Fecomércio SC divulgou mais uma pesquisa de inverno. Acompanhe os destaques com o Negócios SC!
O perfil do turista na Serra Catarinense
Entre julho e agosto de 2023, a Fecomércio SC entrevistou 401 visitantes da região serrana de Santa Catarina. A consulta faz parte da 12ª Pesquisa de Inverno na Serra Catarinense, que trouxe um perfil do turista na estação mais fria do ano.
Desse público, a maioria dos visitantes vem do próprio Estado. Cerca de sete a cada dez indivíduos partiram de outras cidades catarinenses, de forma bastante distribuída. Em seguida, aparecem origens como Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.
Origens mais populares dos turistas na Serra Catarinense:
- Florianópolis: 11,5%
- Rio Grande do Sul: 11%
- Palhoça: 9,7%
- Brusque: 9%
- Paraná: 7%
- Blumenau: 5%
- São Paulo: 5%
- Joinville: 4%
- São José: 3,2%
- Rio de Janeiro: 2,7%
A distância média percorrida para visitar os destinos serranos é de 367 quilômetros. A maior parte desses visitantes (87,5%) vem de veículo próprio, com uma pequena participação também de avião (6,2%), ônibus ou similar (5,4%), veículo alugado (0,5%), entre outros meios de transporte (0,2%).
O perfil desse turista é sobretudo masculino, com idade entre 31 e 50 anos e com duas faixas de renda em destaque: de R$ 2.469 a R$ 6.171 e de R$ 6.172 a R$ 9.872.
O total de gastos durante a última estadia ficou, em média, na casa de R$ 2.013. Desse montante, a hospedagem e a alimentação representaram os maiores valores, de R$ 1.102 e R$ 637 respectivamente, em média.
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Serra Catarinense firma-se como destino de turismo familiar
Outro aspecto interessante da Pesquisa de Inverno da Serra Catarinense diz respeito aos grupos que visitam a região. Os dados da Fecomércio apontam que os destinos de inverno no Estado são procurados sobretudo por famílias e casais. Mais precisamente, 48,6% dos turistas estão em família e 34,7% vieram em casal.
No entanto, outro tipo de turismo vem aos poucos ganhando terreno. As excursões representavam em 2019 apenas 1,7% dos grupos de viagem. Então, em 2023, esse número subiu para 3,5%. A média de passageiros por excursão foi de 29,4 pessoas neste ano.
Já aqueles que viajam sozinhos são minoria na Serra Catarinense. Por outro lado, são o perfil de turista que passa mais tempo por estadia.
Tempo médio de permanência na Serra Catarinense:
- Sozinho: 14,2 dias
- Casal: 3,4 dias
- Família: 2,9 dias
- Grupo de amigos: 2,9 dias
- Excursão: 1,9 dia
No geral, o que atrai de fato os visitantes é o inverno. Sete em cada dez entrevistados citam essa motivação para a viagem. Isso gera um desafio para os municípios da Serra Catarinense tornarem-se mais reconhecidos por outros fatores, como o enoturismo, turismo gastronômico, de aventura ou ecoturismo.
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Avaliação dos negócios sobre a temporada de inverno 2023
Além de entrevistar os turistas, a Fecomércio SC pesquisou os empresários do comércio e do setor de serviços na Serra Catarinense.
Em comparação com 2022, a avaliação do movimento nos estabelecimentos foi mais positiva na temporada de inverno em 2023. Enquanto no ano passado 48,7% dos empreendedores deram notas boas ou muito boas nesse aspecto, o percentual subiu para 54% neste ano.
A contratação de trabalhadores extras também cresceu em 2023. Na última temporada, 18% dos estabelecimentos contrataram, com uma média de 3,2 novos empregados por negócio. Como comparação, o número foi de 2,5 contratações em 2022.
Ainda vale destacar que o ticket médio das compras efetuadas pelos turistas cresceu depois da pandemia. Em 2018, o valor era de R$ 177, já corrigido pela inflação. Agora em 2023, o valor está em R$ 183.
Nota-se também que o turista vem usando cada vez menos o dinheiro em papel como forma de pagamento. Os meios digitais já representam 18,2% das compras. Entretanto, o pagamento à vista no cartão de débito ou de crédito continua sendo o favorito do público.
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